Grandes eventos reforçam a economia de São Paulo
No ano passado, São Paulo faturou US$ 9 bilhões com eventos. A Prefeitura trabalha para dobrar esse valor nos próximos cinco anos, contando já com a Copa do Mundo
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As transformações da economia na última década abriram um novo mundo para o Brasil e especialmente para São Paulo, centro de negócios e eventos do país.
A competitividade internacional avança veloz em todos os setores: indústria, comércio, serviços e o turismo, que aqui ainda é tão pouco explorado. Países europeus que são menores do que muitos estados brasileiros e, mesmo tendo poucos meses de um clima agradável ou de sol no ano, recebem dezenas de vezes mais visitantes do que o Brasil.
Um dos motivos para tanto insucesso é porque ainda não aprendemos a promover nosso país no exterior.
O Reino Unido está aproveitando o desenvolvimento tecnológico para investir na produção inteligente e criativa, considerada a economia do século XXI, destacando-se assim em setores como: design, cinema, literatura, música e moda, entre outros. Antigas civilizações que prospectam novas áreas rentáveis para a exportação.
Essa produção somada à visibilidade de eventos planetários será a plataforma de relançamento da economia estagnada ou recessiva do Reino Unido, que espera crescer 30% da sua balança comercial após a Olimpíada de Londres 2012.
O Império Britânico, outrora único e poderoso, se prepara para conquistar novos e exigentes consumidores, bem diferente daqueles do período colonial.
A publicidade é uma das chaves dessa nova fase e nada mais conveniente que grandes eventos com mídia espontânea abundante para recolocar os atores nesse palco global.
Essa nova economia agrega um cobiçado setor: super serviços dos mega eventos esportivos, que agregam também aspectos culturais, ambientais e até políticos nesta moderna cena contemporânea.
Poucas cidades que representam os seus países poderão sediar cerca de 50 desses acontecimentos que vão gerar um lucro direto de mais de US$ 200 bilhões de dólares nesta década. Os negócios paralelos são de tal dimensão que poderá reerguer velhas ou novas nações ansiosas para participar deste mercado.
No Brasil, as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro têm todas as condições de serem fortes candidatas, isoladas ou conjuntamente. São Paulo já desempenha com competência esse papel. No ano passado faturou US$ 9 bilhões com eventos. A Prefeitura trabalha para dobrar esse valor nos próximos cinco anos, contando já com a Copa do Mundo.
Muitos empresários aproveitam para conhecer o país e fechar negócios de milhões de dólares, sem contar com a vitrine para o turismo, setor de potencial envergadura que hoje representa 5% do PIB nacional, enquanto nos países da Europa o índice passa de 10%.
A capital paulista conta com privilegiado posicionamento geopolítico e toda a infra-estrutura de recepção como hotéis, ginásios, estádios, centro de convenções, entre outros. Assim como em todo o Brasil aproveitamos também as vantagens da economia sustentável, energia limpa, água em abundância, clima atraente e a reconhecida característica calorosa da nossa gente.
A Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos são oportunidades únicas que podem favorecer ou não, podendo comprometer nosso futuro. O país todo ganha com o sucesso destes eventos.
Em São Paulo trabalhamos com experiências semelhantes no Reino Unido, que recuperou áreas degradadas de Londres, transformando a urbanização e a economia. A Prefeitura paulistana planeja fazer o mesmo nas regiões mais degradadas da cidade.
Para ampliar esses benefícios temos o dever de realizar a Copa e a Olimpíada com perfeição, trazendo resultado para todo pais. Mas isso só poderá ser conquistado com governança, ética, transparência, planejamento estratégico, orçamento fixo, projetos executivos e compreensão do legado.
O Governo Britânico compreendeu que esta oportunidade será a mais bem concebida e sustentável Olimpíada da história.
Walter Feldman é deputado federal licenciado e Secretário Especial de Articulação para Grandes Eventos da Prefeitura de São Paulo
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