Desemprego deve piorar em 2017, dizem analistas

O cenário ruim do mercado de trabalho em 2016 deve se deteriorar ainda mais no próximo ano. Entre especialistas, há uma avaliação generalizada de que a taxa de desemprego em 2017 será mais alta do que se esperava há alguns meses; projeções apontam para uma desocupação média na casa de 13% no ano que vem, acima dos cerca de 11,5% previstos para a média deste ano, devido à expectativa de uma recuperação mais lenta da economia e ao comportamento recente do emprego; nos três meses encerrados em outubro, a taxa ficou em 11,8%, o equivalente a pouco mais de 12 milhões de pessoas

Desemprego fica em 7,6% em janeiro
Desemprego fica em 7,6% em janeiro (Foto: Giuliana Miranda)


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247 - O cenário ruim do mercado de trabalho em 2016 deve se deteriorar ainda mais no próximo ano. Entre especialistas, há uma avaliação generalizada de que a taxa de desemprego em 2017 será mais alta do que se esperava há alguns meses. As projeções apontam para uma desocupação média na casa de 13% no ano que vem, acima dos cerca de 11,5% previstos para a média deste ano, devido à expectativa de uma recuperação mais lenta da economia e ao comportamento recente do emprego. Nos três meses encerrados em outubro, a taxa ficou em 11,8%, o equivalente a pouco mais de 12 milhões de pessoas.

As informações são do Valor.

"A Tendências Consultoria Integrada, por exemplo, elevou a projeção para a taxa média de desemprego medida pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua de 2017 de 12,7% para 13,1%. A estimativa para a ocupação piorou significativamente, segundo o economista Thiago Xavier. A consultoria, que esperava estabilidade do emprego no ano que vem, aposta agora em recuo de 1,1%. Um ponto importante é que a ocupação tem recuado com força. Nos três meses encerrados em outubro, caiu 2,6% sobre igual período de 2015, queda expressiva. Para o acumulado deste ano, Xavier acredita que a queda do emprego será de 2,1% - antes, projetava uma baixa de 1,7%.

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Um dos motivos para isso, na visão da Tendências, é que "a capacidade de absorção do mercado de trabalho informal, antes responsável por alocar parte da população que perdia o emprego celetista, tem sinalizado enfraquecimento". Em 2015, a queda do emprego com carteira assinada no setor privado, sem considerar trabalhadores domésticos, era compensada em grande medida pelo aumento das ocupações tradicionalmente ligadas à informalidade.

Esse movimento ajuda a explicar a estabilidade da ocupação no ano passado, além de ter limitado a magnitude da queda da população ocupada até os três meses encerrados em julho deste ano. "Contudo, a partir do trimestre finalizado em agosto, a população ocupada por conta própria passa a contribuir negativamente."

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A economista da MCM Consultores Sarah Bretones também atribui a aceleração da queda na ocupação nos últimos meses ao esgotamento do que chama de "efeito precarização". Sua projeção para a contração no volume de ocupados no próximo ano é ainda pior, de 1,7%, com taxa média de desemprego de 13,2%. Para este ano, a estimativa de recuo é de 2%. "O fim do 'efeito precarização' nos surpreendeu. Esperávamos que isso acontecesse apenas em 2017", diz. Com o aprofundamento da recessão, ela pondera, mesmo as categorias informais de emprego estão deixando de ser opção vantajosa."

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