Empregos na crise oferecem salário mais baixo e menos proteção

Estatísticas do Ministério do Trabalho mostram que os novos contratos com carteira assinada estão recebendo, em média, 21% menos do que os demitidos da mesma ocupação; as novas vagas, segundo as estatísticas do IBGE, estão predominantemente no mercado informal, sem carteira de trabalho assinada; no mercado formal, conforme os registros do Ministério do Trabalho, as contratações só superam as demissões entre trabalhadores com até 24 anos.

Na foto fila do desemprego -  carteira de trabalho.
29/10/2013
Foto: Divulgaçao
Na foto fila do desemprego - carteira de trabalho. 29/10/2013 Foto: Divulgaçao (Foto: Giuliana Miranda)


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247 - Estatísticas do Ministério do Trabalho mostram que os novos contratos com carteira assinada estão recebendo, em média, 21% menos do que os demitidos da mesma ocupação. As novas vagas, segundo as estatísticas do IBGE, estão predominantemente no mercado informal, sem carteira de trabalho assinada. No mercado formal, conforme os registros do Ministério do Trabalho, as contratações só superam as demissões entre trabalhadores com até 24 anos. 

As informações são de reportagem de Mariana Carneiro e Paulo Muzzolon na Folha de S.Paulo. 

"Essa desvantagem também foi observada em anos anteriores, mas a diferença atual é o dobro da verificada nos anos dourados do mercado de trabalho no início da década, quando a taxa de desemprego despencou e a economia brasileira gerava milhões de empregos por ano..

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A retração da atividade, que abateu a economia em meados de 2014, começou a pesar no mercado de trabalho em 2015, quando 1,5 milhão de vagas com carteira assinada foram destruídas. O prolongamento da recessão, no ano passado, abateu mais 1,3 milhão de empregos.

Isso afetou a remuneração oferecida aos que conseguem trabalho. "Quando o mercado está bombando, aumenta a disputa pelos melhores trabalhadores, e as pessoas saem de seus empregos para ganhar mais. Hoje, se uma pessoa é demitida ganhando R$ 1.000, fica feliz da vida em conseguir uma vaga por R$ 800", afirma Hélio Zylberztajn, professor da USP e coordenador do Salariômetro, da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisa Econômica).

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Em 2013, antes de o país mergulhar na atual recessão, quase metade das 2.465 ocupações monitoradas pelo Ministério do Trabalho geraram postos de trabalho. No ano passado, foi verificada criação de vagas em um quinto das 2.497 ocupações analisadas."

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