Empresa alemã diz que nunca mais entrará em obras públicas no Brasil

Depois de ter R$ 12 milhões bloqueados pela Justiça Federal no Paraná em uma das ações de improbidade da Lava Jato, a multinacional alemã Hochtief anunciou por meio de nota divulgada neste sábado, 4, que não participa mais de obras públicas no Brasil, “sobretudo consórcios”; a empresa afirma ainda que sofreu um prejuízo auditado de quase R$ 30 milhões em um contrato com a Petrobrás que já foi denunciado pela Lava Jato

A view of the Hochtief AG headquarters in Essen October 4, 2010. REUTERS/Ina Fassbender
A view of the Hochtief AG headquarters in Essen October 4, 2010. REUTERS/Ina Fassbender (Foto: Giuliana Miranda)


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247 - Depois de ter R$ 12 milhões bloqueados pela Justiça Federal no Paraná em uma das ações de improbidade da Lava Jato, a multinacional alemã Hochtief anunciou por meio de nota divulgada neste sábado, 4, que não participa mais de obras públicas no Brasil, “sobretudo consórcios”. A empresa afirma ainda que sofreu um prejuízo auditado de quase R$ 30 milhões em um contrato com a Petrobrás que já foi denunciado pela Lava Jato.

As informações são de Fausto Macedo no Estado de S.Paulo.

"Atuando há mais de 50 anos no País, a empresa recentemente mudou seu nome para HTB, e responde a uma ação civil na Lava Jato acusada de improbidade em um contrato para a construção da sede administrativa da Petrobrás em Vitória (ES). Na ocasião, a companhia participou do consórcio formado com Odebrecht e Camargo Corrêa, que venceu a licitação agora alvo de investigação. Na nota, a empresa afirma que nunca integrou qualquer 'clube' de empreiteiras, e que este contrato com a Petrobrás por meio do consórcio foi a única obra pública que participou no País.

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'Circunstância esta que evidencia, por si só, o seu distanciamento com os fatos em apuração no âmbito da operação Lava Jato´, segue a nota da empresa.

As investigações da Procuradoria da República apontam que a Hochtief (atual HTB) teria pago cerca de R$ 3 milhões ao então gerente da Petrobrás responsável pela obra da sede administrativa em Vitória, Celso Araripe, também réu na ação. O pagamento teria ocorrido, segundo o MPF, por meio de um contrato de consultoria de fachada firmado pelo consórcio formado pela Odebrecht, Hochtief e Camargo com a empresa Sul Brasil Construção em 2010, e que teve um aditivo em 2013.

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A HTB afirma em sua nota que a participação dela no consórcio era 'minoritária'. 'Seu papel, como minoritária, era apenas as atribuições da Gerência de Engenharia e do Programa de Qualidade, Segurança, Meio Ambiente e Saúde Ocupacional, não tendo participado ou anuído com a prática de qualquer ato ilícito ou de improbidade', diz o texto."

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