Postos de bandeira branca ganham confiança do consumidor

A atuação de poderosas marcas brasileiras e estrangeiras criou a imagem de que postos sem bandeira, ou seja, aqueles que não são vinculados a nenhuma grande rede, comercializam combustível adulterado em razão de oferecerem preços mais baixos ao consumidor final. Os últimos acontecimentos, porém, revelaram casos de adulteração em revendedores de marcas famosas

A atuação de poderosas marcas brasileiras e estrangeiras criou a imagem de que postos sem bandeira, ou seja, aqueles que não são vinculados a nenhuma grande rede, comercializam combustível adulterado em razão de oferecerem preços mais baixos ao consumidor final. Os últimos acontecimentos, porém, revelaram casos de adulteração em revendedores de marcas famosas
A atuação de poderosas marcas brasileiras e estrangeiras criou a imagem de que postos sem bandeira, ou seja, aqueles que não são vinculados a nenhuma grande rede, comercializam combustível adulterado em razão de oferecerem preços mais baixos ao consumidor final. Os últimos acontecimentos, porém, revelaram casos de adulteração em revendedores de marcas famosas (Foto: Gisele Federicce)


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247 - Surgidos no início dos anos 90, quando o preço dos combustíveis deixou de ser tabelado e o ambiente de negócios tornou-se competitivo, os postos de bandeira branca representaram uma revolução no mercado nacional. Contudo, a atuação de poderosas marcas brasileiras e estrangeiras criou a imagem de que postos sem bandeira, ou seja, aqueles que não são vinculados a nenhuma grande rede, comercializam combustível adulterado em razão de oferecerem preços mais baixos ao consumidor final. Os últimos acontecimentos, porém, revelaram casos de adulteração em revendedores de marcas famosas.

Em novembro de 2016, postos da Ilha do Governador, no Rio de Janeiro, foram flagrados comercializando 16 milhões de litros de etanol contaminado com metanol (uma substância altamente tóxica e que poderia ter causado um problema de saúde pública), na maior fraude da história já identificada pela Agência Nacional do Petróleo (ANP). Estavam envolvidos no caso postos das redes Shell, Ipiranga e BR, as três empresas mais importantes do setor no país. As companhias enfrentam agora o Ministério Público de Rio de Janeiro, que pede a cassação da inscrição estadual das empresas no Estado. Ou seja, pede o fechamento delas.

A legislação brasileira prevê que os postos de bandeira branca informem obrigatoriamente nas bombas qual a origem do combustível. Além disso, a ANP tem apertado o cerco contra os fraudadores. No passado, o índice de adulteração de combustível brasileiro era alarmante, mas o trabalho desenvolvido pela ANP nos últimos anos transformou esses números em um valor aceitável internacionalmente.

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Os postos de bandeira branca só conseguem oferecer preços mais competitivos nas bombas por possuírem a liberdade de poderem adquirir combustível dos fornecedores que ofertarem preços mais baixos, sem estarem atrelados a contratos e cláusulas de exclusividade. Tais condições eliminam os lucros dos donos de postos de marcas e os forçam a cobrar mais caro por litro para não quebrar.

Especialista na área de combustíveis, o advogado Ricardo Magro afirma que "tardiamente, o mito de que a adulteração é realizada pelo bandeira branca está caindo". De acordo com ele, esta lenda foi muito difundida, inclusive por autoridades púbicas, as quais irresponsavelmente denegriram a imagem de todo um segmento. "Mas hoje começou a ficar claro que a adulteração não é exclusiva de postos bandeira branca, sendo assim surge uma grande questão: por que pagar mais caro para abastecer seu carro em um posto que detenha uma grande marca?", questiona Magro.

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