Meirelles corta a quase zero investimento público

A política econômica do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e de Michel Temer derrubou, como nunca antes no Brasil, os investimentos públicos; no primeiro trimestre deste ano, houve uma redução de 61%, segundo dados divulgados pelo Tesouro; os gastos com o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), que concentra diversas obras importantes de infraestrutura, recuaram 69% em relação ao mesmo período de 2016; somado o programa de habitação Minha Casa, Minha Vida, a redução foi de 86%; enquanto isso, os gastos com Previdência e com pessoal subiram 5,2% e 7,1%, descontada a inflação do período

Brasília - Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, se reúne com o presidente do TST, Ives Gandra Martins Filho, para esclarecer questões sobre o ajuste fiscal, em debate no Congresso Nacional (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
Brasília - Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, se reúne com o presidente do TST, Ives Gandra Martins Filho, para esclarecer questões sobre o ajuste fiscal, em debate no Congresso Nacional (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil) (Foto: Giuliana Miranda)


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247 - O governo está desidratando os investimentos públicos. No primeiro trimestre deste ano, houve uma redução de 61%, segundo dados divulgados pelo Tesouro nesta quinta (27).

Os gastos com o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), uma das principais vitrines do governo PT —que no mesmo período de 2016 ainda estava no poder—, recuaram 69%. Somado o Minha Casa, Minha Vida, 86%.

As informações são de reportagem de Mariana Carneiro e Maeli Prado na Folha de S.Paulo.

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"Os investimentos são parte de um conjunto pequeno de despesas sobre o qual o governo tem controle, as chamadas despesas discricionárias. Elas representam cerca de 15% dos gastos, e recuaram 24% no trimestre.

Já os gastos com Previdência e com pessoal (incluindo aí despesas com a aposentadoria de servidores) subiram 5,2% e 7,1%, descontada a inflação do período.

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A secretária do Tesouro, Ana Paula Vescovi, afirmou que o ajuste nas despesas tem recaído sobre gastos sobre os quais o governo tem controle, ou seja, não obedecem a regras rígidas de dispêndio.

Segundo ela, isso fez com que essas despesas recuassem, no início deste ano, ao nível observado em 2011.

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Já a Previdência ampliou o deficit em cerca de R$ 10 bilhões no trimestre, ante o mesmo período do ano passado, para R$ 40,1 bilhões.

Os números mostram que o resultado fiscal do governo não evoluiu neste primeiro trimestre, em razão de receitas deprimidas pela recessão e de despesas rígidas em alta.

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A receita caiu 3,2%, já descontada a inflação, e a despesa caiu mais: quase 5%. Isso fez com o deficit cair levemente no trimestre, de R$ 18,7 bilhões para R$ 18,2 bilhões."

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