'Desigualdade no Brasil é escolha política', diz economista

O economista irlandês Marc Morgan Milá afirmou que as medidas de ajuste fiscal do governo de Michel Temer tendem a elevar ainda mais a desigualdade no Brasil; "O congelamento das despesas públicas por 20 anos pode ter impacto negativo sobre a desigualdade porque são os mais pobres que dependem mais dessas despesas. Também pesam na conta a legislação sobre terras e a política fiscal, seja na criação de uma tributação mais justa, seja na retirada de renúncias que beneficiam os mais ricos", diz Milá, está no Brasil, onde participa de estudos com economistas do Ipea 

O economista irlandês Marc Morgan Milá afirmou que as medidas de ajuste fiscal do governo de Michel Temer tendem a elevar ainda mais a desigualdade no Brasil; "O congelamento das despesas públicas por 20 anos pode ter impacto negativo sobre a desigualdade porque são os mais pobres que dependem mais dessas despesas. Também pesam na conta a legislação sobre terras e a política fiscal, seja na criação de uma tributação mais justa, seja na retirada de renúncias que beneficiam os mais ricos", diz Milá, está no Brasil, onde participa de estudos com economistas do Ipea 
O economista irlandês Marc Morgan Milá afirmou que as medidas de ajuste fiscal do governo de Michel Temer tendem a elevar ainda mais a desigualdade no Brasil; "O congelamento das despesas públicas por 20 anos pode ter impacto negativo sobre a desigualdade porque são os mais pobres que dependem mais dessas despesas. Também pesam na conta a legislação sobre terras e a política fiscal, seja na criação de uma tributação mais justa, seja na retirada de renúncias que beneficiam os mais ricos", diz Milá, está no Brasil, onde participa de estudos com economistas do Ipea  (Foto: Aquiles Lins)


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247 - O economista irlandês Marc Morgan Milá afirmou que as medidas de ajuste fiscal do governo de Michel Temer tendem a elevar ainda mais a desigualdade no Brasil. 

"O congelamento das despesas públicas por 20 anos pode ter impacto negativo sobre a desigualdade porque são os mais pobres que dependem mais dessas despesas. Também pesam na conta a legislação sobre terras e a política fiscal, seja na criação de uma tributação mais justa, seja na retirada de renúncias que beneficiam os mais ricos", diz Milá, em entrevista à Folha de S. Paulo. 

Para ele, os sucessivos governantes brasileiros optaram por não enfrentar o problema, evitando políticas que poderiam limitar a renda do topo da pirâmide, como um sistema tributário mais justo. "A história recente do Brasil nos leva a dizer que houve uma escolha política pela desigualdade."

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Segundo o economista, pobreza e desigualdade estão relacionadas. "Nos últimos 15 anos, a pobreza foi reduzida, é inquestionável. Ao mesmo tempo, a desigualdade melhorou um pouco porque muitas pessoas pobres ascenderam. Mas os pobres ainda são muito pobres e a diferença de renda entre os dois extremos é muito elevada. Ao se excluir os 20% mais ricos, a renda dos 80% restantes no Brasil é equivalente à dos 20% mais pobres na França. A desigualdade é semelhante à da França do final do século 19. Daí, é possível ver a jornada que se tem pela frente. Talvez não sejam necessários cem anos, afinal Brasília foi construída em cinco", afirmou. 

Marc Morgan Milá está no Brasil, onde participa de estudos com economistas do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). O grupo pretende lançar, ainda neste ano, uma série da desigualdade brasileira com início em 1926.

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