Mercado reduz pela terceira vez previsão de crescimento

O mercado financeiro reduziu novamente a estimativa para o crescimento da economia este ano. A projeção para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, desta vez, passou de 2,51% para 2,50%. Essa foi a terceira redução consecutiva. Para 2019, a previsão permanece em 3%

Indústria de celulose
Indústria de celulose (Foto: Aquiles Lins)


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Agência Brasil - As expectativas para a inflação estão abaixo da meta que é 4,5% neste ano, com limite inferior de 3% e superior de 6%. Para 2019, a meta é 4,25%, com intervalo de tolerância entre 2,75% e 5,75%.

Para alcançar a meta, o banco usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 6,50% ao ano. Quando o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso gera reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

O mercado financeiro aumentou a projeção de inflação para este ano. A estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu de 3,45% para 3,50%. Para 2019, a projeção foi ajustada de 4% para 4,01%.

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As estimativas são do Boletim Focus, publicação divulgada todas as semanas pelo Banco Central (BC), na internet.

Quando o Copom diminui os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação. Para cortar a Selic, o BC precisa estar seguro de que os preços estão sob controle e não correm risco de subir.

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Na última semana, surpreendendo o mercado, o Copom decidiu manter a Selic em 6,5% ao ano. A decisão interrompeu um ciclo de 12 quedas consecutivas. A taxa Selic, no entanto, permanece no menor nível desde o início da série histórica do Banco Central, há 32 anos.

O comitê avaliou que o "cenário externo tornou-se mais desafiador e apresentou volatilidade [fortes oscilações]". Essa decisão ocorreu dias depois do país enfrentar uma valorização expressiva do dólar, o que torna produtos importados mais caros.

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Para o mercado, a Selic deve voltar a subir no próximo ano. A previsão é que a taxa encerre 2019 em 8% ao ano.

O mercado financeiro reduziu novamente a estimativa para o crescimento da economia este ano. A projeção para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, desta vez, passou de 2,51% para 2,50%. Essa foi a terceira redução consecutiva. Para 2019, a previsão permanece em 3%.

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Dólar

A previsão para a cotação do dólar ao final do ano subiu de R$ 3,40 para R$ 3,43. Para o fim de 2019, passou de R$ 3,40 para R$ 3,45. Na última semana, o dólar teve valorização 3,85% e fechou cotado a R$ 3,74.

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De acordo com os analistas, a alta do dólar ocorre devido à expectativa de aumento mais intenso dos juros nos Estados Unidos, o que o que atrai dinheiro para economias avançadas, provocando a fuga de capitais financeiros de países emergentes, além das incertezas sobre as eleições no Brasil.

A projeção para o superávit comercial subiu de US$ 55,6 bilhões para US$ 56,1 bilhões, neste ano, e de US$ 46 bilhões para US$ 47,6 em 2019.

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