Resquício do golpe: 13% dos brasileiros queimam poupança em gastos do dia a dia

Dados do Instituto Brasileiro de Economia, da FGV, apontram que, em junho, 13,3% dos brasileiros queimaram reservas financeiras para bancar as contas do dia a dia; outra pesquisa, da Boa Vista SCPC, apontou que, no primeiro semestre deste ano, 45% dos inadimplentes justificaram o atraso no pagamento das contas por causa do desemprego; há dois anos, essa fatia era de 32%

Resquício do golpe: 13% dos brasileiros queimam poupança em gastos do dia a dia
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247 - Levantamento do Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), apontou que, em junho, 13,3% dos brasileiros queimaram reservas financeiras para bancar as contas do dia a dia. 

"Havia uma esperança muito forte de que uma melhora do mercado de trabalho poderia resolver a questão do orçamento doméstico. Essa recuperação não veio e parte desses consumidores foi usando a poupança que tinha para pagar as contas", afirmou Viviane Seda, economista do Ibre. “O cenário só muda quando o ritmo da economia acelerar e as empresas ganharem confiança de contratar com maior ímpeto. Aí sim vai impactar os consumidores”, acrescentou.

Para a caderneta de poupança, as estatísticas do Banco Central mostraram que valores depositados superaram os saques em R$ 5,6 bilhões no mês de junho, mas a economista do Ibre afirma isso indica apenas que quem ainda tem folga no orçamento está preferindo guardar dinheiro do que gastar.

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Outra pesquisa, feita pela Boa Vista SCPC, apontou que, no primeiro semestre deste ano, 45% dos consumidores inadimplentes consultados pela entidade justificaram o atraso no pagamento das contas por causa do desemprego. Há dois anos, essa fatia era de 32%. Os relatos foram publicados no G1.

Também vale ressaltar que, de acordo com dados da Serasa Experian, 60,4 milhões de brasileiros estavam com o nome negativado por inadimplência em maio (números mais recentes). Em abril, eram 61,2 milhões.

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As estatísticas revelam que o discurso de Michel Temer de que o País está saindo da recessão não se concretiza. No trimestre encerrado em maio, a taxa de desemprego ficou em 12,7% e atingiu 13,2 milhões de pessoas, segundo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em junho foi registrada uma perda de 661 empregos, de acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que levam em conta apenas os emprego com carteira assinada, também mostraram um quadro ruim: a destruição de 661 vagas.

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"O mercado de trabalho continua muito ruim. Mesmo com a criação de vagas, milhões de pessoas seguem desempregadas", afirma a economista-chefe do SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) Brasil, Marcela Kawauti.

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