Tereza Cristina ameaça acabar com o Mercosul

A deputada Tereza Cristina, indicada ao Ministério da Agricultura pelo presidente eleito Jair Bolsonaro, ameaçou acabar com o Mercosul; ela disse que o Brasil precisa rever os acordos estabelecidos e que, caso não haja revisão, o Brasil pode simplesmente "sair" do bloco; suas posições podem criar conflito com setores industriais, uma vez que o Mercosul é a região que mais absorve exportações de produtos industriais brasileiros; Tereza Cristina defendeu o uso de armas por moradores de áreas rurais e disse querer intensificar o comércio com a China

Tereza Cristina ameaça acabar com o Mercosul
Tereza Cristina ameaça acabar com o Mercosul (Foto: REUTERS/Adriano Machado)


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247 - A deputada Tereza Cristina, indicada ao Ministério da Agricultura pelo presidente eleito Jair Bolsonaro, ameaçou acabar com o Mercosul. Ela disse que o Brasil precisa rever os acordos estabelecidos e que, caso não haja revisão, o Brasil pode simplesmente "sair" do bloco. Suas posições podem criar conflito com setores industriais, uma vez que o Mercosul é a região que mais absorve exportações de produtos industriais brasileiros. Tereza Cristina defendeu o uso de armas por moradores de áreas rurais e disse querer intensificar o comércio com a China. 

Em entrevista ao jornal O Globo, a futura ministra da Agricultura comentou sobre como será a relaçao de seu ministério com o Meio Ambiente: "é uma área que a gente tem que desmistificar. Nós temos um código florestal que é uma joia da coroa e, às vezes, queremos legislar contra ele. Isso não pode. Se o Ministério do Meio Ambiente assumir o código florestal votado pelo Congresso e referendado pelo Supremo, não haverá problema nenhum".

Sobre novos desmatamentos, ela diz: "eu acho que tem algumas novas fronteiras em que talvez precise, mas dentro do código florestal. Temos lá o Matopiba (área entre o Maranhão, o Tocantins, o Piauí e a Bahia) começando, e é uma nova fronteira. Quando está no código que em determinados biomas você pode utilizar 80% (do terreno), em outros 50% e em outros 20%, por que tem que impedir essa pessoa chegando agora nessas fronteiras agrícolas? Custa muito caro desmatar. Ela vai precisar usar tecnologia, ver se dá resultado e cumprir todos os requisitos do código e as licenças pedidas. Hoje, quem for abrir áreas novas tem que ser dentro da legalidade".

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A futura ministra também fala sobre a China: "a China, hoje, é um grande mercado. Vai colocar, nos próximos anos, 300 milhões de pessoas na classe média, o correspondente a um Brasil e meio. Essas pessoas passam a ganhar mais e consomem mais proteína animal, adicionam carne à sua alimentação. Também tem a Indonésia, com 320 milhões de pessoas, a Índia, que tem uma agricultura familiar fortíssima, mas que também tem poluição e outros problemas. Uma hora dessas eles também vão precisar. O Irã, hoje, é o quarto ou quinto país que mais importa do Brasil. Mesmo com todas as sanções, importa mais de R$ 2 bilhões e ainda entra muita coisa pela Arábia Saudita, o que leva a crer que a balança comercial do Brasil com o Irã pode ter um superávit acima de R$ 4 bilhões".

 

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