Privatizar a Caixa seria absolutamente dramático, diz ex-presidente do banco

Alerta é da ex-presidente do banco Maria Fernanda Ramos Coelho, primeira mulher a ocupar o cargo na estatal, entre 2006 e 2011; em entrevista à TV 247, ela expõe que o banco não foi oficialmente privatizado ainda, mas as políticas de desmonte adotadas pelos governos Temer e em breve Bolsonaro promovem o "esquartejamento" da instituição, que completou 184 anos no último dia 10 de janeiro; "A Caixa é um grande patrimônio dos brasileiros, não pode ser destruída", defende; assista

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247 - "Privatizar a Caixa seria absolutamente dramático". O alerta é da ex-presidente da Caixa Econômica Federal Maria Fernanda Ramos Coelho, primeira mulher a ocupar tal posto na estatal, entre 2006 e 2011. Em entrevista à TV 247, ela expõe que o banco não foi oficialmente privatizado, mas as políticas de desmonte adotadas pelos governos Temer e em breve Bolsonaro promovem o "esquartejamento" da instituição, que completou 184 anos de história no último dia 10 de janeiro. 

Maria Fernanda, que é funcionária concursada da Caixa desde 1984, agora aposentada, explica que a política de juros mais baixa implementada no governo Lula foi fundamental para "estimular a economia" e "facilitar o acesso da população mais pobre ao crédito".

No entanto, após a ascensão do governo Michel Temer, com o golpe de 2016 contra Dilma Rousseff, "as instituições públicas reduziram o crédito aos pobres e a taxa de juros e as tarifas bancárias aumentaram", recorda.

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A ex-presidente da Caixa foi testemunha da criação do programa Minha Casa Minha Vida, em 2009. Ela relata que o programa obteve um "crescimento exponencial durante os governos Lula e Dilma" e que a construção de moradias foi fundamental "na redução do déficit habitacional no País".

"Recentemente, o crédito habitacional foi reduzido em 86% para a faixa de zero a três salários mínimos, o que é absolutamente dramático", critica.

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Desmonte da Caixa

No último sábado (12) a Caixa Econômica Federal completou 158 anos de história. Apesar de o governo dizer que não irá privatizar a estatal, Maria Fernanda denuncia que já existe em curso um processo de estrangulamento do banco. "Já retiraram todas as carteiras lucrativas da Caixa, cortaram investimentos na expansão do banco e também o acesso ao crédito pelos mais pobres. Todos esses fatores culminam no esquartejamento da instituição", expõe.

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Ela conclui dizendo que a privatização da Caixa seria "extremamente dramática" e que o Brasil vive um momento "grave". "A Caixa é ligada à vida do brasileiro, seria uma completa destruição do patrimônio público do País", enfatiza. 

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