Financial Times ataca Mantega novamente

Análise publicada no blog Beyondbrics afirma que entender o que o ministro da Fazenda quer no câmbio pode ser "exaustivo"; texto diz que governo demonstra desejos contraditórios, deixando um cenário de completa confusão para os investidores; uma das explicações, de acordo com o jornal britânico, é a de que "eles não têm ideia do que estão fazendo"

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247 – A imprensa internacional volta a apontar seus canhões contra a economia brasileira. Referência no mercado financeiro, o jornal britânico Financial Times – aquele que acusou, há menos de 15 dias, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, de praticar o "jeitinho brasileiro" no controle das finanças do País – afirma agora que "tentar entender o que Mantega quer no câmbio pode ser exaustivo", especialmente quando se trata de seu assunto preferido: "as guerras cambiais".

Num post publicado no blog "Beyondbrics", a correspondente em São Paulo Samantha Pearson afirma que o fortalecimento do real registrado nesta quarta-feira depois de uma ação do Banco Central para vender dólares aumenta a confusão entre investidores sobre a política cambial brasileira. A análise aponta como "sem sentido" a declaração do ministro de que o câmbio no País se mantém livre desde que mantido "dentro de uma banda apropriada".

A afirmação, segundo o FT, demonstra desejos distintos por parte do governo em relação ao rumo das cotações de câmbio. A declaração foi dada em seguida a uma sinalização de que Mantega era favorável a um real fraco, o que seria bom para a indústria brasileira, segundo o ministro. Uma estratégia liderada pelo BC permitiu, no entanto, que o real se fortalecesse nos últimos dias abaixo de R$ 2. Foi daí então que o mercado ficou "completamente confuso", aponta Samantha.

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A correspondente conclui que há três possíveis explicações para as intenções do governo brasileiro. A primeira: eles querem uma apreciação gradual do real para conter a inflação, e a advertência de Mantega tinha a intenção de moderar qualquer movimento acentuado como consequência da intervenção do Banco Central. A segunda: o governo decidiu que o real está no nível certo e envia sinais "contraditórios" para estabilizar a moeda. A terceira: "eles não têm ideia do que estão fazendo".

Mantega também foi alvo recente de críticas da revista britânica The Economist, que chegou a pedir a cabeça do ministro à presidente Dilma Rousseff, caso ela realmente quisesse um crescimento maior para o País em 2013.

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