Setúbal ao FT: Brasil "não está funcionando"

Dono do Itaú faz crítica aberta ao governo Dilma, numa entrevista ao jornal inglês Financial Times; "o governo muda isso, o governo muda aquilo e o resultado é bastante incerteza", diz ele; jogando na retranca, Itaú Unibanco perdeu espaço no ano passado para concorrentes públicos, como Caixa e Banco do Brasil; no Planalto, ele é visto como um dos articuladores da campanha pela queda do ministro Guido Mantega, da Fazenda

Setúbal ao FT: Brasil "não está funcionando"
Setúbal ao FT: Brasil "não está funcionando" (Foto: PAULO GIANDALIA)


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247 - O banqueiro Roberto Setúbal, acionista e presidente do Itaú Unibanco, cada vez mais, assume seu papel de opositor ao governo Dilma. Na semana passada, quando Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil divulgaram seus lucros, ficou claro que os bancos públicos, que jogaram na ofensiva, tomaram mercado de algumas instituições privadas, especialmente do Itaú, que preferiram atuar na retranca. E Setúbal tem demonstrado irritação cada vez maior com os rumos da política econômica – especialmente com a estratégia de redução dos juros.

Neste fim de semana, o jornal inglês Financial Times traz uma longa entrevista com o banqueiro brasileiro, em que ele critica abertamente o governo Dilma. "O governo muda os impostos, eles mudam isso, eles mudam aquilo e o resultado é muita incerteza", diz ele, num trecho da entrevista. "Eles precisam comunicar melhor o papel do governo versus o papel do setor privado. Não estão dando os incentivos corretos, nem os retornos adequados diante dos riscos oferecidos".

A crítica aberta reforça a visão daqueles que, no Planalto, apontam Setúbal como um dos responsáveis pela campanha recente pela queda do ministro da Fazenda, Guido Mantega. Uma campanha que começou pela revista britânica The Economist, passou pelo próprio Financial Times e chegou aos jornais brasileiros.

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Na entrevista deste fim de semana ao FT, ele argumenta que os preços das commodities exportadas pelo Brasil chegaram ao topo, que o crédito também e que a estratégia atual de política econômica "claramente não está funcionando". Leia aqui a íntegra da entrevista no site do Financial Times.

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