Economia se retrai e dá motivos de cautela ao BC

Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado um sinalizador do PIB, recuou 0,52% em fevereiro ante janeiro, sinal para que a instituição, presidida por Alexandre Tombini, tenha cautela ao discutir a taxa Selic na semana que vem; analistas veem elevação apenas em maio, mas jornais pressionam, apontando alta nos preços

Economia se retrai e dá motivos de cautela ao BC
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Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A atividade econômica apresentou queda em fevereiro, segundo dados divulgados nesta sexta-feira 12 pelo Banco Central (BC). No segundo mês do ano, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) ajustado para o período (dessazonalizado) caiu 0,52% na comparação com janeiro deste ano.

É o pior resultado registrado pelo BC para meses de fevereiro em relação a janeiro, na série histórica iniciada em 2003. O percentual de queda (0,52%) ficou igual ao registrado em 2005, nesse mesmo tipo de comparação (fevereiro contra janeiro).

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De acordo com os dados revisados e com ajuste sazonal, em janeiro deste ano, comparado com dezembro de 2012, o IBC-Br cresceu 1,43%. Em 12 meses encerrados em fevereiro, a atividade econômica apresentou expansão de 0,87% (sem ajustes).

Na comparação entre fevereiro deste ano e o mesmo mês de 2012, houve crescimento de 0,44%, de acordo com o dado sem ajustes para o período, considerado o mais adequado para esse tipo de comparação.

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O IBC-Br é uma forma de avaliar e tentar antecipar como será o resultado do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgado trimestralmente. O acompanhamento do IBC-Br é considerado importante pelo BC para que haja maior compreensão da atividade econômica. Esse acompanhamento também contribui para as decisões do Comitê de Política Monetária (Copom), responsável por definir a taxa básica de juros, atualmente, em 7,25% ao ano.

Mercado se mostra mais cauteloso do que jornais

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Analistas preveem alta de juro só em maio e têm expectativa de que, em abril, a taxa Selic fique estável; enquanto a imprensa faz pressão para que a elevação seja imediata; próxima reunião do Copom acontece na semana que vem

247 - Mais cautelosos do que os jornalões, que pedem a alta de juros imediata, os analistas de mercado veem uma elevação da taxa Selic apenas em maio, prevendo estabilidade em abril. A próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central), de onde sairá a decisão, acontece na semana que vem.

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De 37 instituições consultadas pelo Valor PRO, serviço do jornal Valor Econômico, 29 veem a Selic em 7,25% ao ano, seis esperam aumento de 0,25% e apenas duas esperam alta de 0,5%. Também a maioria (28) acredita que o aperto monetário será todo concentrado nesse ano, o que eximiria o Banco Central de aumentar os juros em ano eleitoral.

Enquanto isso, os colunistas econômicos da grande imprensa fazem pressão cada vez maior pela alta dos juros. Nesta quinta e sexta-feira, as manchetes dos principais jornais, coincidência ou não, deram praticamente o mesmo tema: a inflação, a alta dos preços e a alta do juro. Agora resta ver se o governo optará pela cautela ou se curvará à pressão.

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