Como as Fintechs se tornaram o principal segmento de startups no mundo

Em um programa de aceleração em São Francisco, o Google Launchpad Accelerator, que concentrou 31 startups de diversos países da América Latina e Ásia; um ponto chamou a atenção: mais da metade das empresas ali poderiam se dizer do segmento de fintech, como as brasileiras Quinto Andar e Mobilis, relata Felipe Moreno, editor-chefe do StartSe; "as fintechs são o principal segmento de startups em vários países do mundo – principalmente os que possuem mercados financeiros atrasados, como é o caso de muitos países da América Latina e Ásia", diz

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Por Felipe Moreno, no StartSe - Estive recentemente em um programa de aceleração em São Francisco, o Google Launchpad Accelerator, que concentrou 31 startups de diversos países da América Latina e Ásia. Um ponto me chamou a atenção: mais da metade das empresas ali poderiam se dizer do segmento de fintech, como as brasileiras Quinto Andar e Mobilis.

Conversando com as startups e mentores, uma coisa não saiu da minha cabeça: as fintechs são o principal segmento de startups em vários países do mundo – principalmente os que possuem mercados financeiros atrasados, como é o caso de muitos países da América Latina e Ásia. “Fintechs são grandes em qualquer lugar do mundo”, explicou Roy Glasberg, head do Google Launchpad Accelerator.

As fintechs são as startups que, hoje, resolvem problemas CONCRETOS das pessoas. É o caso da Quinto Andar, que lá estava, e que efetivamente resolve um problema financeiro de muita gente: o seguro-fiança ou fiador na hora de alugar um imóvel. Só quem já alugou um imóvel sabe o quanto isso pode ser chato e até mesmo um motivo para inviabilizar a locação.

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Não sem motivo, duas startups brasileiras do segmento de fintech foram eleitas entre as 10 instituições mais inovadoras da América Latina: Creditas e Contabilizei. Outras tantas, como Warren, Nubank, Guia Bolso, Viva Real, são sempre lembradas como algumas das startups mais relevantes do mercado brasileiro. Nenhum setor chama tanta atenção quanto as fintechs, embora outros setores como EdTech sejam tão promissores quanto.

Mas como isso começou?

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O surgimento do forte setor fintech pode ser explicado por uma grande ressaca. A ressaca da crise de 2008. Para evitar uma nova crise, o setor público dos países desenvolvidos jogou uma série de regulações aos grandes bancos – principalmente os considerados “Too Big to Fail”. Como consequência, estes bancos ficaram engessados demais em muitos setores, como empréstimos bancários – onde parte das fintechs se concentram.

Startups, muito mais flexíveis, surgiram para preencher essas lacunas – e muitos delas usando cérebros de pessoas que deixaram os grandes bancos por eles terem se transformado em locais não muito atraentes para trabalhar. O aumento da competição foi tanto que o Goldman Sachs espera que as fintechs tomem US$ 4,7 trilhões de receitas dos grandes bancos nos próximos anos.

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Enquanto isso, nos mercados em desenvolvimento, a tecnologia foi surgindo como forma de resolver problemas clássicos das pessoas. Se a legislação (ultrapassada?) brasileira exige um fiador para a locação de um imóvel, startups como a Quinto Andar surgem e resolvem. Se os juros do cartão e anuidade dos cartões de crédito são elevados demais, a Nubank aparece.

Por aqui, oportunidade não faltou.

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Como isso pode se fortalecer?

E nem vão FALTAR novas oportunidades futuramente. O Brasil ainda está ultrapassado em uma série de questões financeiras, principalmente no que diz a investimentos ou meios digitais de pagamentos. Afinal, na China, as pessoas conseguem pagar a maior parte das contas no aplicativo usado para conversas, o WeChat (o WhatsApp de lá).

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É entendendo esse mar de oportunidades que a gigante de cartões Visa lançou o Track, um programa em conjunto com a GSVLabs para acelerar startups de fintech no Brasil e no Vale do Silício (onde a GSVLabs é instalada). É uma grande oportunidade para você fazer sua startup de fintech crescer. Não deixe de conhecer!

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