Empreendedorismo pode mudar a vida das mulheres

"Apesar deste cenário ainda parecer inerte e com baixas expectativas de mudanças drásticas, devo lembrá-las de um segundo movimento, intimamente ligado à busca por igualdade no meio empresarial, que é o número crescente de mulheres empreendedoras e, mais ainda, de mulheres que investem em mulheres", diz Camila Farani, presidente da Gávea Angels, um dos pioneiros grupos de investidores anjo no Brasil que conta com mais de 50 investidores atualmente

"Apesar deste cenário ainda parecer inerte e com baixas expectativas de mudanças drásticas, devo lembrá-las de um segundo movimento, intimamente ligado à busca por igualdade no meio empresarial, que é o número crescente de mulheres empreendedoras e, mais ainda, de mulheres que investem em mulheres", diz Camila Farani, presidente da Gávea Angels, um dos pioneiros grupos de investidores anjo no Brasil que conta com mais de 50 investidores atualmente
"Apesar deste cenário ainda parecer inerte e com baixas expectativas de mudanças drásticas, devo lembrá-las de um segundo movimento, intimamente ligado à busca por igualdade no meio empresarial, que é o número crescente de mulheres empreendedoras e, mais ainda, de mulheres que investem em mulheres", diz Camila Farani, presidente da Gávea Angels, um dos pioneiros grupos de investidores anjo no Brasil que conta com mais de 50 investidores atualmente (Foto: Leonardo Lucena)


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*Por Camila Farani, no StartSe

O Dia Internacional da Mulher é um marco histórico que relembra a luta das mulheres por melhores condições de vida e trabalho. Quase um século depois, este movimento permanece aceso dentro de cada uma de nós, mas ainda há muito que se fazer para que a gente avance sobre este tema.

Falando sobre mercado de trabalho e oportunidades para as mulheres, nossa participação cresceu, somos quase metade de toda a força de trabalho disponível atualmente, por outro lado, quando falamos em cargos de gerência e direção, ainda somos um terço e, em membros de conselho e presidência, somos uma em cada dez.

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Há uma luz no fim do túnel!

Apesar deste cenário ainda parecer inerte e com baixas expectativas de mudanças drásticas, devo lembrá-las de um segundo movimento, intimamente ligado à busca por igualdade no meio empresarial, que é o número crescente de mulheres empreendedoras e, mais ainda, de mulheres que investem em mulheres.

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De acordo com um artigo publicado na Harvard Business Review, empreender é, atualmente, a saída mais viável para a mulher que busca aliar trabalho e qualidade de vida. Como consequência, fundos de investimentos, formados somente por mulheres, começaram a surgir e investir em mulheres, fomentando e estimulando o empreendedorismo feminino.

Nos Estados Unidos, por exemplo, já podemos ver diversos fundos Venture Capital de mulheres se formando, tais como Astia Angels, Broadway Angels e Golden Seeds. No Brasil também estamos evoluindo, criamos o MIA (Mulheres Investidoras-Anjo) e buscamos ativamente reunir um número cada vez maior de mulheres investidoras, apostando em nosso potencial.

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Uma pesquisa da PitchBook Data Inc, realizada com empresas no Vale do Silício, mostra que a cada dólar arrecadado, somente 3% é proveniente de empresas compostas por mulheres, uma perspectiva alarmante, em um mercado que, mesmo assim, possui diversas lideranças femininas significativas, tais como Julia Hartz (co-fundadora da Eventbrite), Amy Chang (fundadora da Accompany) e Sara Mauskopf (co-fundadora e CEO da Winnie).

Precisamos apostar em lideranças femininas, potencializar suas habilidades, motivá-las e isso só será possível se investirmos, cada vez mais, para que isso se torne realidade. O papel da investidora-anjo é impulsionar este movimento para que este se mantenha em seu ápice. Vamos usar o exemplo da UBS Wealth Management Americas que lançou, em parceria com a Rethink Impact, um fundo de USD 110 milhões para investir em startups lideradas por mulheres, ou mesmo nos espelhar no case da Eloquii, fundada por Mariah Chase, que captou cerca de USD 15 milhões, Series B liderado pela Acton Partners e participação, entre outros, do Female Founders Fund.

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Mulheres Empreendedoras, esta mensagem é pra vocês! Vamos nos juntar e contribuir para que esta luta não seja em vão. Quanto mais mulheres conseguirmos trazer para se tornar investidora-anjo, mais mulheres conseguiremos encorajar para que abram seus negócios próprios, tirem suas ideias do papel e conquistem, de uma vez por todas, a independência corporativa.

*Camila Farani é Presidente da Gávea Angels, um dos pioneiros grupos de investidores anjo no Brasil que conta com mais de 50 investidores atualmente. Co- fundou o Mulheres Investidoras Anjo, o MIA, e a Lab22, boutique de investimento em startups no Rio de Janeiro. Ainda é sócia do Deal Match, plataforma online e fechada para investimento em empresas de tecnologia e Conselheira da ACE – Rio de Janeiro, aceleradora de startups. Além disso é embaixadora do Facebook na campanha #ElaFazHistoria, que visa empoderar mulheres. Camila é uma típica mulher de negócios, atua ainda no setor de alimentação com o Grupo Boxx e é professora do MBA da Fundação Getúlio Vargas. Antes disso, também foi diretora de uma vertical de alimentação saudável  do Mundo Verde, e fez cursos de especialização e empreendedorismo na Universidade de Stanford e Babson College.

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