A lenta morte do glorioso alvinegro carioca
Parece que será necessária a morte de um grande clube brasileiro para que os outros percebam que o melhor caminho é uma estrutura de futebol moderno, planejado e feito de forma profissional
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Voltemos cinquenta anos ao passado, mais precisamente 1958 e 1962.
Um clube despontava no Rio de Janeiro e sedia muitos jogadores a seleção nacional, entre eles uns tais Garrincha, Nilton Santos e Didi. Esse clube viveu de glórias durante muito tempo e até hoje é o recordista de jogadores convocados a seleção.
Mas o tempo passou, hoje é um time extremamente mal tratado por diretorias irresponsáveis e por uma estrutura de futebol que posso chamar até de covarde. Hoje o alvinegro carioca, o glorioso Botafogo se afoga em dívidas e não vê muito futuro em respirar novamente.
Fiquei extremamente chocado ao ver o texto de Bernardo Santoro que é economista e louco pelo clube. Ele diz ser quase irremediável a situação, prevendo a falência como único caminho imaginável (leia aqui).
“O que eu prevejo que irá acontecer daqui pro futuro: o próximo Presidente será um novo Borer, pois em algum momento perderemos novamente a sede do clube para dívidas, mesmo que o Proforte seja aprovado e o Botafogo participe dele, mesmo destacando que nossa relação dívida financiada/receita anual não fecha o cálculo atuarial, ou seja, hoje o Botafogo estaria fora do Proforte. Lembro que as dívidas trabalhistas e cíveis não são abarcadas pelo acordo e suas execuções continuam. Ainda que voltássemos ao ato trabalhista, agora não teríamos como arcar com 15% das nossas receitas brutas mensais".
"A insolvência civil do clube hoje é, na minha opinião, inevitável, e o Botafogo já morreu, por culpa de qualquer um, menos minha, pois sempre estive do lado certo, em todos os momentos. Isso vai acontecer mais cedo ou mais tarde, e resta saber quem vai controlar esse processo, se os associados ou os credores.”
Parece que será necessária a morte de um grande clube brasileiro para que os outros percebam que o melhor caminho é uma estrutura de futebol moderno, planejado e feito de forma profissional. Enquanto os times não forem tratados como empresas, que devem gerar empregos e futuramente lucro, não estamos livres de casos assombrosos como esse.
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