E o esporte no segundo mandato de Dilma?
Mais um processo eleitoral ocorre com brigas, discussões e entreveiros ferrenhos entre tucanos e petistas no Brasil. Mas aonde está o esporte nisso tudo?
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Mais um processo eleitoral ocorre com brigas, discussões e entreveiros ferrenhos entre tucanos e petistas no Brasil. Mas aonde está o esporte nisso tudo?
O que me causa mais perplexidade não é a prática esportiva não estar pautada entre assuntos como economia, segurança, educação (deveria estar neste grupo), mas não haver diálogo sobre esporte quando o assunto é saúde.
Já é sabido que, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), a cada dólar investido em práticas esportivas, se poupa três em estrutura médica. Sem essas discussões, o nosso Ministério da Saúde vira da Doença. Discutimos construções de hospitais, estruturas de emergência mas continuamos a não pensar na qualidade de vida que o esporte traz.
Além do aspecto saudável, o Brasil pode, veja bem, digo, pode ser um celeiro de atletas olímpicos se houvesse mais cuidado e atenção com os jovens praticantes. Não há nenhum, ou muito pouco, investimento público em causas nobres de atletas profissionais que necessitam de apoio para competir em alto nível.
Também quase inexiste investimento em treinos infantis para modalidades diversas. As aulas de Educação Física em colégios públicos e privados brasileiros é meramente para cumprimento de tabela (assim como aulas de artes, como pintura, teatro, música), assim não há meios de se formar atletas para competição.
Entrando do site oficial da presidente, vemos o seguinte programa de governo para o novo mandato:
“A estratégia de democratizar e ampliar o acesso ao esporte e ao lazer é marca bem sucedida do governo Dilma. As ações visam garantir à população brasileira o acesso gratuito à prática esportiva, qualidade de vida e desenvolvimento humano. Nosso olhar está voltado para que as crianças e jovens brasileiros encontrem no esporte, cada vez mais, um potente instrumento de inclusão social.
Realizamos, em 2014, com pleno sucesso, o maior evento esportivo do mundo, a Copa do Mundo Fifa 2014, após termos sediado, com igual sucesso em 2013, o seu evento preparatório, a Copa das Confederações. Dois eventos que trouxeram o mundo para o Brasil, que mostraram a todos os povos do globo um país em pleno processo de desenvolvimento e que produziram inegáveis legados para a população.”
https://programadegoverno.dilma.com.br/pgp/index.php/temas/view/40
O que havia pedido sobre a democratização do acesso ao esporte por fins de saúde aparece como marca bem sucedida de seu primeiro governo. Não achei em seu site provas dessa boa sucessão, deve-se olhar com carinho esse assunto.
Sobre a Copa do Mundo, foi inegável o sucesso do evento, mas em questão do legado há de se ter cuidado com o que foi falado.
O esporte realmente pode ser mais bem difundido em locais com menos cultura da prática, como no Amazonas e em Mato Grosso, mas é necessário que se tenha manutenção de qualidade nas Arenas, pois o gramado da Arena Pantanal, por exemplo, está extremamente mal cuidada, como se viu no jogo entre Corinthians e Vitória pelo Campeonato Brasileiro.
Em relação ao esporte, assinamos um cheque em branco à nossa presidente. Espero que faça um uso da oportunidade que tem.
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