Marconi rebate críticas sobre Celg e segurança
Tucano diz que, apesar de seus esforços, a companhia energética ainda sente os efeitos negativos da venda de Cachoeira Dourada pelo então governador Maguito Vilela (PMDB); segundo o relato de Marconi, até mesmo a presidente Dilma Rousseff (PT) teria concordado que a venda da usina representou a morte da “galinha dos ovos de ouro”; sobre segurança, o candidato à reeleição alertou para propostas de seus adversários que considera demagógicas, como a de ampliar em 50% o efetivo da PM no dia seguinte à posse: “Nós sabemos que não é possível. Contratei neste ano 3.800 policiais, sempre atento ao cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal”
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247 - Criticado por candidatos ao governo do Estado que acusam suas gestões pela crise financeira da Celg e apontam poucas intervenções para a questão da segurança pública, o governador Marconi Perillo (PSDB) afirmou que debaterá com eles os dois temas durante a campanha eleitoral, “amparado pela legitimidade de um gestor que tem profundo conhecimento de ambos os assuntos, que empreendeu ações efetivas para resolvê-los, e que tem conseguido cumprir com rigor, em todas as gestões, as determinações da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).”
Marconi diz que desde seu primeiro mandato (1999-2002) buscou manter o equilíbrio econômico e financeiro da Celg, de forma a preservar a distribuição da estatal. Naquela e em outras gestões, levou ao conhecimento da população que a venda da Usina de Cachoeira Dourada (CDSA), ao final do governo de Maguito Vilela (PMDB, 1995 - 1998), havia comprometido o equilíbrio da empresa, que herdou todas as dívidas da cisão com a CDSA.
Durante reunião com a presidente Dilma Rouseff (PT) e com o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, na quarta-feira (23), diz o governador que obteve anuência de ambos quanto à origem da crise financeira da Celg. Segundo Marconi, foi a presidente quem iniciou a discussão sobre o tema, ao questioná-lo quem foi o responsável pela venda de Cachoeira Dourada.
“Eu não quis nem responder. Coube ao ministro de Minas e Energia dar a resposta. E, ao final, ela disse: ‘O problema da Celg não são os seus funcionários. A Celg é uma das melhores distribuidoras de energia do Brasil. O problema da Celg foi que mataram a galinha dos ovos de ouro, a Usina de Cachoeira Dourada’”, relata o governador.
O diálogo, segundo Marconi, continuou: “Eu disse a eles que foi vendida uma usina que gerava 700 megawatts diariamente. A presidente exemplificou: ‘A Cemig e a Cesp são boas, excelentes’”. Então disse a ela: “Presidente, é porque elas têm muitas geradoras e linhas de transmissão. E o que dá dinheiro para uma companhia não é a distribuição – a senhora sabe, já foi ministra de Minas e Energia –, o que dá dinheiro são as geradoras”.
“Então, não adianta quererem jogar a culpa em mim. Fiz o que pude em meus governos para resolver os problemas herdados de uma empresa que ficou com todas as dívidas. Cachoeira Dourada não ficou com nenhuma dívida, porque todas elas vieram para o Estado, e ficamos sem nenhum tostão para investirmos na Celg. Todo o dinheiro da venda de Cachoeira Dourada foi gasto aleatoriamente, sem planejamento. A Celg ficou com as dívidas e sem dinheiro para resolver os seus problemas”, completa Marconi.
Segundo ele, a presidente e o ministro reconheceram, ao final da conversa, que a crise pela qual a Celg passa até hoje foi ocasionada pela venda da Usina de Cachoeira Dourada. “Não adianta querer mudar a versão dos fatos. Nessa campanha, vou debater a Celg e a segurança pública, porque tem candidato que afirma que no dia seguinte à posse vai aumentar em 50% o número de policiais. Esse tipo de demagogia tem que acabar no nosso Estado. Nós sabemos que não é possível. Contratei, neste ano, 3.800 policiais, sempre atento ao cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF)”, justifica.
Segurança
Além de questionar os caminhos apontados por alguns candidatos para solucionar a questão da segurança pública, Marconi acrescenta que a discussão é mais ampla. Para ele, a população deve ser alertada que o problema é nacional. A solução passaria também pela mudança na legislação penal, na Constituição Federal – para que o governo federal seja obrigado a enviar recursos para os estados aplicarem em segurança pública; e que o governo federal coloque as Forças Armadas nas fronteiras para impedir a entrada de armas e de drogas no Brasil.
“O governo federal tem, por exemplo, dinheiro para gastar com presídios, mas não o faz. Os presídios precisam ser federalizados. Não adianta candidato falar que vai resolver o problema da segurança da noite para o dia. São questões como essas que precisam ser repensadas”, diz.
O governador critica o fato de alguns candidatos se comportarem como se tudo pudesse ser resolvido “em um passe de mágica”. “Não é assim. Alguns só têm um objetivo na vida: ‘ganhar do Marconi’. Depois, não sabem o que farão para Goiás. Governar Goiás não é como há 20, 30 anos. As tecnologias estão ao nosso favor, e precisam ser utilizadas. Os desafios são outros. A nossa preocupação é que os cidadãos sejam bem atendidos no Vapt-Vupt, mas também tenham atendimento virtual ainda mais facilitado. Temos que continuar dando um rumo de modernidade, prosperidade, desenvolvimento social, crescimento econômico, e, principalmente, de qualidade na prestação dos serviços públicos. Me sinto preparado e com experiência para esse desafio”, arremata.
O governador garante que ele e os demais candidatos da Coligação Garantia de Um Futuro Melhor pra Goiás continuarão a fazer uma campanha propositiva e sem agressões aos adversários. No entanto, vão responder a todas as críticas.
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