PT suspende candidato a vice-governador de Goiás

Vereador em Goiânia, Tayrone di Martino (d) desobedeceu orientação da bancada do partido na Câmara Municipal e votou contra proposta de aumento do IPTU na capital goiana; com a suspensão, coligações adversárias avaliam possibilidade de questionar a elegibilidade da chapa petista, que tem na cabeça o ex-prefeito de Anápolis Antônio Gomide; a punição ao vice é reflexo da fratura no PT goiano; prefeito de Goiânia, Paulo Garcia (e) defendia apoio do partido ao candidato do PMDB, Iris Rezende, que depois se aliou ao deputado democrata Ronaldo Caiado e assumiu uma postura hostil à presidente Dilma Rousseff

Vereador em Goiânia, Tayrone di Martino (d) desobedeceu orientação da bancada do partido na Câmara Municipal e votou contra proposta de aumento do IPTU na capital goiana; com a suspensão, coligações adversárias avaliam possibilidade de questionar a elegibilidade da chapa petista, que tem na cabeça o ex-prefeito de Anápolis Antônio Gomide; a punição ao vice é reflexo da fratura no PT goiano; prefeito de Goiânia, Paulo Garcia (e) defendia apoio do partido ao candidato do PMDB, Iris Rezende, que depois se aliou ao deputado democrata Ronaldo Caiado e assumiu uma postura hostil à presidente Dilma Rousseff
Vereador em Goiânia, Tayrone di Martino (d) desobedeceu orientação da bancada do partido na Câmara Municipal e votou contra proposta de aumento do IPTU na capital goiana; com a suspensão, coligações adversárias avaliam possibilidade de questionar a elegibilidade da chapa petista, que tem na cabeça o ex-prefeito de Anápolis Antônio Gomide; a punição ao vice é reflexo da fratura no PT goiano; prefeito de Goiânia, Paulo Garcia (e) defendia apoio do partido ao candidato do PMDB, Iris Rezende, que depois se aliou ao deputado democrata Ronaldo Caiado e assumiu uma postura hostil à presidente Dilma Rousseff (Foto: Realle Palazzo-Martini)


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Goiás247 - O vereador de Goiânia Tayrone di Martino (PT), candidato a vice-governador na chapa pura do partido, ao lado do ex-prefeito de Anápolis Antônio Gomide, foi suspenso da sigla por 60 dias. A decisão do diretório petista foi tomada em reunião emergencial após Tayrone rejeitar orientação da bancada e votar contra projeto do prefeito da Capital, Paulo Garcia (PT), que reajusta o IPTU. A exemplo de Tayrone (e pelo mesmo motivo), outro vereador do PT, Felizberto Tavares, também foi punido.

Segundo a assessoria do PT, o comunicado da suspensão foi encaminhado aos vereadores. Felizberto e Tayrone podem apresentar defesa contra a punição, também conhecida como medida cautelar interna. A suspensão foi solicitada pelo líder da bancada na Câmara Municipal de Goiânia, Carlos Soares, que é irmão do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares.

Anda não está clara a extensão da punição, mas um advogado especialista em legislação eleitoral consultado pelo Goiás247 entende que a suspensão acarretaria a exclusão dos vereadores de comissões temáticas da Câmara e impediria que os dois apareçam na propaganda eleitoral destinada aos candidatos do PT. As pílulas de Felizberto, candidato a deputado estadual, já teriam sido excluídas da propaganda partidária. Por esse raciocínio, Tayrone também não poderia aparecer ao lado do governadoriável Gomide nas peças do horário gratuito.

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A decisão do PT ainda levanta a hipótese de que, suspenso o candidato a vice-governador, a chapa majoritária ficaria inelegível. Os comitês jurídicos de menos duas coligações adversárias estudam questionar a situação na Justiça Eleitoral. O advogado consultado pelo Goiás247, no entanto, entende que a punição não afeta a chapa, já que ele continua filiado. Mesmo que tivesse sido expulso, alega, o partido poderia indicar um substituto.

A suspensão do candidato a vice-governador ainda expõe uma fratura no PT goiano entre os grupos de Gomide e de Paulo Garcia, este último acusado de não se envolver na candidatura do correligionário. Garcia defendia a aliança com o peemedebista Iris Rezende, seu padrinho político e de quem herdou praticamente dois anos de mandato à frente da Prefeitura de Goiânia com a renúncia de Iris para a disputa frustrada do governo do Estado em 2010. Garcia se reelegeu em 2012 no primeiro turno.

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Em resposta à recusa do PT em se aliar, durante a campanha Iris acabou por assumir uma postura duramente hostil à presidente Dilma Rousseff, incluindo o deputado federal Ronaldo Caiado em sua chapa, na disputa ao Senado.

O aumento do IPTU em Goiânia está envolto em polêmica. A oposição acusa o prefeito e sua base de votar o projeto sem saber a real extensão do aumento, que alguns chegam a cogitar uma média de 400%. A Prefeitura de Goiânia vive uma grave crise financeira, com reflexos administrativos nos serviços básicos, como a coleta de lixo. O déficit mensal estaria perto dos R$ 40 milhões. O aumento do IPTU seria imprescindível para o Paço Municipal equilibrar as contas.

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Em nota, o diretório do PT reafirmou apoio ao projeto de Paulo Garcia. "A Executiva Municipal do Partido dos Trabalhadores de Goiânia, reunida em caráter extraordinário, aprova e reafirma por maioria o apoio ao projeto do executivo municipal que trata da atualização de alíquotas que promovem a justiça social na cobrança do IPTU e ITU na cidade de Goiânia e fecha questão pela aprovação por sua bancada no legislativo", disse. 

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