Iristas históricos, Iram e o filho agora são Marconi

Em carta divulgada neste domingo, o ex-chefe de Gabinete do prefeito Paulo Garcia (PT), Iram Saraiva Júnior declara apoio ao governador Marconi Perillo; Iranzinho, que é filiado ao PT, lembrou seu histórico no PMDB e diz no texto que os problemas de hoje da prefeitura de Goiânia são consequência da administração de Iris Rezende; a movimentação ainda leva para o lado marconista o ex-presidente da Câmara Municipal Iram Saraiva, que sempre foi homem de confiança de Iris Rezende

Governador-Audi�ncia com Iran Saraiva e Iron Junior
Governador-Audi�ncia com Iran Saraiva e Iron Junior (Foto: José Barbacena)


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Goiás247 - Ex-deputado estadual pelo PMDB, Iram Saraiva Júnior apoia a reeleição do governador Marconi Perillo (PSDB). Atualmente filiado ao PT, Iram era chefe de gabinete do prefeito de Goiânia, Paulo Garcia (PT), Na última sexta-feira, ele deixou o cargo e, neste domingo, divulgou carta em que diz: “Marconi tem feito um governo moderno e realizador, visto e reconhecido em todos os cantos de Goiás. Me coloquei à disposição para contribuir com sua eleição”.

Aliado histórico do candidato ao governo Iris Rezende (PMDB), Iram foi um dos principais coordenadores das campanhas do peemedebista à Prefeitura de Goiânia, em 2004, e da de Paulo Garcia, em 2012. Quando declarou apoio a Marconi, Iranzinho estava estava acompanhado do pai, o ex-presidente da Câmara Municipal Iram Saraiva, que sempre foi aliado de primeira hora de Iris Rezende.

Na carta, o ex-deputado ressalta que refletiu bastante antes de sair do PMDB, no ano passado. Segundo ele, diversos companheiros políticos o teriam alertado que, naquele partido, não teria espaço. “Ao longo dos anos, me disseram que, ali, não seria reconhecido enquanto o comando do partido continuasse, de forma centralizadora, nas mãos de um único homem, sem oportunizar espaços para os novos nomes”, diz ele, citando indiretamente Iris Rezende.

Iram também relata que, em 2012, se colocou à disposição para compor a chapa do prefeito Paulo Garcia. “Sensibilizei a maioria absoluta dos companheiros do PMDB que votariam, a estarem do meu lado”, lembra. No entanto, ele explica que, mesmo debatendo de forma democrática com todo o diretório, acabou sendo vítima da “intervenção desonesta e centralizadora já característica do partido, que tem feito um mal enorme ao PMDB”.

A declaração de Iram sugere que Iris teria decidido, sozinho, que o candidato a vice-prefeito de Paulo Garcia seria Agenor Mariano (PMDB).”Sucumbi à intervenção para não prejudicar a união do partido, preservar meus companheiros de retaliações, e, principalmente, não prejudicar a candidatura do meu amigo Paulo”, relata.

Falta de transparência

Iram Saraiva Júnior também revela que as realizações de Iris à frente da Prefeitura de Goiânia só estão sendo pagas agora, durante a gestão de Paulo Garcia. “O dinheiro deixado em caixa, como é dito, não seria suficiente para pagar o que havia sido gasto não contabilizado e tampouco capaz de suportar os compromissos assumidos com os servidores nas futuras folhas de pagamento”, revela.

Ele também explica que só não se manifestou antes porque, mesmo fazendo parte da gestão de Iris por mais de cinco anos, só teve conhecimento sobre o difícil quadro financeiro do Paço Municipal depois que Paulo foi eleito. “As finanças da Prefeitura eram concentradas nas mãos de apenas três pessoas e isso era bradado como razão do sucesso da gestão. Hoje, sei o porquê da falta de transparência”.

Ainda foi destacado por Iram, na carta, que Iris Rezende só ouviu a equipe nos primeiros meses de governo. Depois, todas as decisões foram tomadas unilateralmente pelo peemedebista.

Apoio ao tucano

Iram Saraiva Júnior ressalta que diversas lideranças políticas de municípios goianos sempre quiseram que ele estivesse junto, politicamente, com o governador Marconi Perillo. “Os últimos dois anos me fizeram abrir os olhos para tudo em que acreditei. Mudei de opinião sem me envergonhar”, relata ele, citando, em seguida, frase do escritor português Alexandre Herculano, que diz: “Eu não me envergonho de corrigir meus erros e mudar de opinião, porque não me envergonho de raciocinar e aprender”.

No final da carta, ele se diz pronto para enfrentar as críticas e acusações de aliados do QG irista: “Não me envergonharei em nenhum instante por fazer aquilo que acredito”, conclui.

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