Com 100% de apuração, Perillo vence em Goiás

Tucano derrota pela terceira vez o arquirrival Iris Rezende (PMDB) e segue para seu quarto mandato à frente do governo do Estado; se neste 2014 o tucano teve seu pior desempenho no primeiro turno nas disputas contra o peemedebista (45,8% contra 28,4%), no segundo turno foi o resultado mais elástico obtido contra Iris (57,44%); eleição que se encerrou neste domingo (26) foi marcada por uma campanha agressiva, com ataques duros do lado irista, respostas à altura do grupo marconista e muito trabalho aos juízes eleitorais; vitória coroa carreira política de Marconi, que nunca perdeu uma eleição, e o credencia a tentar voos nacionais

Tucano derrota pela terceira vez o arquirrival Iris Rezende (PMDB) e segue para seu quarto mandato à frente do governo do Estado; se neste 2014 o tucano teve seu pior desempenho no primeiro turno nas disputas contra o peemedebista (45,8% contra 28,4%), no segundo turno foi o resultado mais elástico obtido contra Iris (57,44%); eleição que se encerrou neste domingo (26) foi marcada por uma campanha agressiva, com ataques duros do lado irista, respostas à altura do grupo marconista e muito trabalho aos juízes eleitorais; vitória coroa carreira política de Marconi, que nunca perdeu uma eleição, e o credencia a tentar voos nacionais
Tucano derrota pela terceira vez o arquirrival Iris Rezende (PMDB) e segue para seu quarto mandato à frente do governo do Estado; se neste 2014 o tucano teve seu pior desempenho no primeiro turno nas disputas contra o peemedebista (45,8% contra 28,4%), no segundo turno foi o resultado mais elástico obtido contra Iris (57,44%); eleição que se encerrou neste domingo (26) foi marcada por uma campanha agressiva, com ataques duros do lado irista, respostas à altura do grupo marconista e muito trabalho aos juízes eleitorais; vitória coroa carreira política de Marconi, que nunca perdeu uma eleição, e o credencia a tentar voos nacionais (Foto: Realle Palazzo-Martini)


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Realle Palazzo-Martini, do Goiás247 – O bacharel em Direito Marconi Ferreira Perillo Júnior (PSDB), 51 anos, foi reeleito neste domingo (26) para seu quarto mandato à frente do governo de Goiás. Finalizada a totalização pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o tucano obteve 1.750.977 votos (57,44%) contra 1.297.592 votos do adversário peemedebista Iris Rezende (42,56%). Os votos nulos somaram 7,59% (258.019) e os brancos, 2,68% (90.917). A abstenção neste segundo turno alcançou 932.427 eleitores, ou 21,53% do contingente apto a votar no Estado.

A eleição de 2014 marcou o terceiro confronto entre Marconi e Iris para o governo estadual (as anteriores foram 1998 e 2010). Se nesta disputa o tucano teve seu pior desempenho no primeiro turno contra o peemedebista (45,8% contra 28,4%), devido em grande medida pela fragmentação das candidaturas oposicionistas, no segundo turno foi o resultado mais elástico obtido contra Iris. Em 1998, Marconi obteve 48,5% dos votos válidos no primeiro turno e 53,3% no segundo (Iris teve 46,9% e 46,7%). Em 2010, o tucano alcançou no primeiro turno 46,3% dos votos, contra 36,3% de Iris, e foi eleito no segundo turno com 53%. Em 2002, Marconi foi reeleito no 1º turno com 51,2%.

O resultado mostra o desgaste do decano peemedebista junto ao eleitorado goiano nesta que, segundo prometeu, será a sua última disputa eleitoral. O cenário político em Goiás apontava para uma reeleição difícil para Marconi, que tinha baixos índices de popularidade, reflexos de desgastes gerados pelo escândalo envolvendo o contraventor Carlinhos Cachoeira (Operação Monte Carlo, 2011). Mas nem isso foi capaz de estimular a votação de Iris, acusado por parte de seus correligionários de comandar o partido com mão de ferro, impedindo que novas lideranças busquem a disputa governamental.

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Pelo menos três nomes tentaram encabeçar a chapa do PMDB em diferentes momentos e não obtiveram sucesso em seus intentos, o ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, e os empresários Vanderlan Cardoso e José Batista Júnior, o Júnior do Friboi.

Ataques

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A eleição que se encerrou neste domingo foi marcada por uma campanha agressiva, com ataques duros do lado irista, respostas à altura do grupo marconista e muito trabalho aos juízes do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), principalmente na reta final. O tom forte de ambos os lados resultou na suspensão de 60% da última inserção da propaganda gratuita no Rádio e TV. Iris perdeu sete dos 10 minutos de seu programa e Marconi, a metade de seu tempo.

A campanha de Iris Rezende explorou à exaustão o escândalo Cachoeira. A aposta era no desgaste da imagem de Marconi, o que acabou por não se confirmar. Marconi, ao passo que respondia aos ataques do adversários, reforçava sua intenção de fazer uma campanha propositiva, estratégia que revelou-se a mais acertada, considerando-se o resultado das urnas.

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A campanha tucana acusou o adversário de “apelar para a baixaria” em diversos momentos e obteve na Justiça suspensão dos programas de Iris em diversos questionamentos. Num deles, conseguiu um direito de resposta no programa do PMDB ao denunciar a utilização de uma falsa gravação envolvendo o braço direto do contraventor Carlinhos Cachoeira, o ex-vereador de Goiânia Wladmir Garcêz, e um interlocutor de nome Jaime, a quem a propaganda fazia crer ser o atual presidente da Agência Goiana de Transporte e Obras Públicas (Agetop), Jayme Rincón, um dos homens fortes da campanha de Marconi.

Perfil

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A eleição de Marconi para um novo mandato coroa sua carreira política no plano regional. O tucano nunca perdeu uma eleição desde que elegeu-se deputado estadual, em 1990. Foi deputado federal, eleito em 1994; depois governador (1999-2006); senador (2007-2010); e novamente governador (2011-2014). Aliados próximos do tucano sugerem que o passo seguinte será construir a possibilidade de uma candidatura presidencial.

Marconi amanheceu neste domingo em Palmeiras de Goiás, 18.783 eleitores, onde votou na seção 03 bem cedo. Nascido em Goiânia em 7 de março de 1963, ele passou a infância na cidade do interior do Estado. Em Palmeiras cursou as duas fases do ensino fundamental em escola pública. Marconi deixou o município para cursar o Ensino Médio na Capital, onde iniciou seus primeiros contatos com a política, na militância estudantil.

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Na década de 1980, Marconi foi por duas vezes presidente do PMDB-Jovem de Goiás e presidente nacional da Juventude do PMDB. Também atuou como assessor especial do então governador do Estado, Henrique Santillo.

Marconi Perillo é bacharel em Direito formado pela Faculdade Alfa. Em dezembro de 2005 e março de 2006, recebeu os títulos de Doutor Honoris Causa pelas universidades Federal de Goiás (UFG) e Estadual de Goiás (UEG), "pela atuação em prol do desenvolvimento das artes, ciências, filosofia e letras no Estado".

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É casado com Valéria Jaime Peixoto Perillo, com quem tem duas filhas, Isabella e Ana Luísa.

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