Thiago Peixoto lidera criação de bloco regional
Criação do Movimento do Brasil Central, esta semana em Goiânia, com presença de governadores de GO, MT, MS, TO e DF e do ministro Mangabeira Unger é resultado de articulação do secretário de Gestão e Planejamento, Thiago Peixoto; ideia seminal nasceu em 2014 quando Thiago e Mangabeira se encontra na Universidade de Harvard; com o primeiro secretário em Goiás e o segundo ministro do governo federal projeto começou a ser montado com o acompanhamento do governador Marconi Perillo; Movimento, que vai deve atrair outros estados, tem como objetivo definir um eixo de desenvolvimento e uma agenda de negócios liderados pela região Centro-Norte
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Goiás 247 - A assinatura da carta de intenções entre cinco governadores do Brasil Central (Marconi Perillo e seus colegas do Distrito Federal, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Tocantins), na última sexta-feira em Goiânia, significou um momento histórico, na avaliação do ministro Roberto Mangabeira Unger, da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República. Mas a articulação para criação do bloco político e econômico da região Central do Brasil foi iniciada meses antes em uma simples conversa nos Estados Unidos tendo como protagonistas o próprio Mangabeira e Thiago Peixoto, secretário de Gestão e Planejamento de Goiás.
Em novembro de 2014, Thiago Peixoto foi à Universidade de Harvard, onde Mangabeira é professor titular, dar uma palestra sobre os avanços significativos obtidos pela educação goiana quando ele esteve à frente da pasta. Em poucos anos, Goiás vivenciou o maior salto educacional do país no ensino público, ganhando destaque no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).
Em Harvard, Thiago se encontrou com Mangabeira. Os dois conversaram e o goiano contou ao professor que, após os resultados alcançados na educação, ele desejava poder trabalhar na elaboração de uma agenda de desenvolvimento para o Centro-Oeste. Mangabeira confidenciou ao interlocutor que também acreditava na possibilidade de criação de um eixo desenvolvimentista partindo do interior brasileiro.
À época, nem Thiago tinha se tornado secretário de Estado nem Mangabeira havia sido convidado para ocupar um ministério. "Aquela ideia ficou martelando em minha cabeça e a fui amadurecendo para que algum dia pudesse colocar em prática caso fosse possível", lembra Thiago. Ele, no entanto, deputado federal reeleito pelo PSD, estava convicto de que iria para a Câmara Federal exercer o mandato.
Em dezembro, o governador Marconi Perillo chamou Thiago Peixoto e disse que não abria mão de tê-lo novamente no Executivo. "Pela liderança que o governador tem, eu não poderia negar. Mas me lembrei da ideia da agenda de desenvolvimento e disse a ele que aceitaria, mas que preferia que fosse em uma área de planejamento. E, dessa forma, me tornei secretário de Gestão e Planejamento", conta o deputado licenciado.
Aos poucos, na nova função, Thiago começou a plantar as sementes da sua ideia. Desenvolveu uma linha de trabalho focada na melhoria dos indicadores sociais e na competitividade como forma de melhorar as condições de vida da população. Um dos passos seguintes seria justamente a agenda de desenvolvimento para o Estado de Goiás e seus vizinhos.
Em junho, Thiago convidou Mangabeira para vir a Goiânia e participar do lançamento de um projeto da Segplan e do governo de Goiás em parceria com a iniciativa privada. Disse a ele que poderiam pensar na aplicação prática da conversa que tiveram nos Estados Unidos meses atrás. Em sua fala, na capital goiana, o ministro lembrou a ideia em comum e lançou o desafio para que Goiás liderasse um movimento de desenvolvimento da região central brasileira.
Desafio
O governador Marconi Perillo aceitou o desafio e incumbiu Thiago Peixoto de se responsabilizar pela articulação do movimento. "O governador entendeu que não era possível perder tempo. Como lhe é peculiar, determinou que a gente agisse de imediato", explica o secretário. Ele não perdeu tempo. Em apenas duas semanas ele conseguiu conclamar todos os secretários de planejamento do Distrito Federal, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Tocantins e fez o contato também com os respectivos governadores. Coube a Marconi reforçar o convite aos colegas e, nos últimos dias 2 e 3 de julho, todos estavam reunidos na capital goiana.
"Eu não tive medo da missão. Conforme fui conversando com meus colegas dos Estados vizinhos, percebi neles a intenção de se trabalhar em união para conseguir criar uma agenda positiva após o ajuste fiscal. Em bloco podemos ser muito mais fortes. E essa articulação tem que passar também pelos legislativos locais e pelos parlamentares federais. O Brasil Central sai mais fortalecido desse processo", ressalta Thiago Peixoto.
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