No Uruguai, Marconi participa do 20º Meeting Internacional
Governador foi um dos palestrantes do maior evento corporativo brasileiro fora do País, que reúne líderes de grandes empresas e membros do setor público com o objetivo de fortalecer relacionamentos e promover oportunidades de negócios bilaterais; Marconi falou durante no seminário internacional Democracia e Liberdade de Expressão, painel que integra a programação do evento
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Goiás 247 - O governador Marconi Perillo participou na sexta-feira (9), em Montevidéu, no Uruguai, do 20.º Meeting Internacional, o maior evento corporativo brasileiro fora do País, que reúne líderes de grandes empresas e membros do setor público com o objetivo de fortalecer relacionamentos e promover oportunidades de negócios bilaterais. Marconi falou durante no seminário internacional Democracia e Liberdade de Expressão, painel que integra a programação do evento.
Participaram do 20º Meeting Internacional os ex-presidentes da Bolívia, Jorge Quiroga, e do Uruguai, Luis Alberto Lacalle; o embaixador do Uruguai no Brasil, Carlos Amorín; o presidente da Fundação Astur e ex-presidente do BID, Enrique Iglesias; a ministra da Indústria e Energia do Uruguai, Carolina Cosse; a ministra do Turismo do Uruguai, Liliam Kechichián; e o presidente do Conselho Executivo do Lide, João Doria.
Em seu pronunciamento durante o seminário, com o tema Imprensa e Liberdade de Expressão, o governador Marconi Perillo observou que "não existe plena democracia sem plena liberdade de imprensa e plena liberdade de expressão". O governador destacou que "o nível de democracia pode ser medido a partir da liberdade dos meios de comunicação e de expressão da sociedade civil". Marconi citou a crescente expansão do acesso dos cidadãos à internet ao redor do mundo e disse que "o advento da rede transformou a ideia de liberdade de expressão". "A expressão de opiniões está cada vez mais imediata, tanto em suas vantagens quanto em seus danos", afirmou.
O governador parafraseou o presidente norte-americano Barack Obama para lembrar que, "quanto mais livremente a informação flui, mais fortes as sociedades se tornam, porque os cidadãos dos países ao redor do mundo podem fiscalizar seus governantes. Eles podem pensar por si próprios. Isto estimula a criatividade". Marconi lembrou que Obama fez as declarações durante em pronunciamento histórico em defesa da liberdade de expressão durante visita à China, em 2009.
O governador de Goiás destacou ainda que as transformações na produção e difusão de conteúdo, cada vez mais sob o comando dos internautas, "é um desafio para os poderes e representantes da democracia". Segundo ele, "a era da informação exige maior celeridade na interlocução e nas respostas dos governos com a sociedade civil". Marconi relatou que o Governo de Goiás fez do uso das redes sociais parte essencial da política de comunicação da administração. "O Governo de Goiás vem procurando se adaptar a essa nova realidade", disse. "Temos hoje nas chamadas redes sociais um canal direto de interlocução com os cidadãos, que interferem e influenciam diretamente na tomada de decisões", afirmou.
Marconi citou o escritor uruguaio Eduardo Galeano, morto em abril deste ano, para resumir a evolução do embate em torno da defesa da liberdade de expressão. "No século 20, a metade do mundo sacrificou a justiça em nome da liberdade, e a outra metade sacrificou a liberdade em nome da justiça. No século XXI, sacrificamos as duas em nome da globalização", disse, parafraseando Galeano.
O governador também lembrou aos participantes do Meeting Internacional do histórico julgamento, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), instância máxima da Justiça no Brasil, da Lei de Imprensa, em 2009. Marconi citou trecho do voto do relator da matéria, ministro Carlos Ayres Brito, segundo o qual "o temor de abuso" não pode "proibir o uso" do direito à livre manifestação do pensamento. "Quem quer que seja, pode dizer o que quer que seja e responde pelo excesso eventualmente cometido. Não é pelo temor do abuso que se vai proibir o uso. A liberdade de expressão é a maior expressão da liberdade," disse Marconi, citando Ayres Brito.
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