Marconi, anti-Lula, acusa PT de acobertar mensalão

Governador tucano, que j declarou que quer ser candidato a presidente da Repblica contra o petista, se mostra vtima do dio lulista e alvo de uma conspirao petista



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Vassil Oliveira_Goiás247 - A tese da reportagem da revista Veja deste final de semana já estava na boca do governador Marconi Perillo (PSDB) na sexta-feira: a operação Monte Carlo é uma cortina de fumaça dos petistas para esconder o mensalão. Assim como estava na do presidente nacional do PSDB, deputado federal Sérgio Guerra (PE), que afirmou que o PT quer usar o caso Cachoeira para “abafar o mensalão”.

Sexta é o dia de fechamento da revista. E foi o dia em que Perillo voltou a se apresentar como vítima do PT e de Lula, e, indiretamente, comemorou o desvio de foco da cobertura da imprensa para a Caso Carlinhos Cachoeira, antes mais centrada nele e agora focada no governador Agnelo Queiroz, que é do PT.

“Em relação aos episódios envolvendo a Operação Monte Carlo, nos últimos dias, órgãos da imprensa se despertaram para o fato que o que se quer na verdade, não é apenas a apuração em relação a essa operação aqui. Os interesses são muito maiores. Buscam acobertar outros fatos que aconteceram no Brasil, cujo desfecho está previsto para esse ano, como é o caso do mensalão”, disse Perillo.

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O governador é um dos fiadores da existência do mensalão. Sem apresentar provas claras, ele garantiu que avisou o então presidente Lula da existência da prática. Como testemunha, citou a na época deputada federal Raquel Teixeira (PSDB), procurada pelo colega deputado Sandro Mabel (PR, hoje PMDB) com proposta para mudar de partido. Raquel admitiu a conversa com Mabel, mas a ligação do caso com o mensalão foi feita pelo governador.

Na prática, Perillo alimentou a munição da oposição contra Lula bem no auge das denúncias. Lula não esquece e não perdoa, como já deixou claro em vista a Goiás. Não esquece também que Marconi teria lhe prometido votar e trabalhar em favor da volta da CPMF, quando ainda estava no Senado. O tucano não só descumpriu o acertado como no mesmo dia fez discurso na tribuna criticando o imposto.

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Nos últimos meses, auxiliares do governador têm feito elogios abertos à presidente Dilma e críticas duras ao ex-presidente Lula. No geral, dizem que ela é republicana e tem ajudado Goiás. Já ele, falam, está coberto de ódio e rancor em relação a Marconi e por isso o governador é alvo de ataques da imprensa nacional. O governador, assim, seria uma vítima da ira de Lula. 

Na sexta, o discurso foi nessa direção. “Infelizmente procuram denegrir a honra das pessoas, mas felizmente a Justiça pode às vezes tardar, mas não falha. E eu vou continuar de cabeça erguida, defendendo as coisas do nosso Estado e trabalhando para que ele seja cada vez mais próspero”, disse, em evento de inauguração da sede do Conselho Estadual de Educação.

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Marconi fez de Lula seu algoz em discursos faz tempo. É o contraponto recorrente quando quer, por exemplo, se apresentar como nome tucano para disputar a presidência do partido. O anti-Lula.

Em março do ano passado, durante evento do PSDB, chegou a afirmar em discurso que se Lula for candidato, nem Aécio Neves nem Geraldo Alckmin terão coragem de enfrentá-lo, o que então abre caminho para ele entrar na disputa. A presidência, para os marconistas, é caminho natural para seu líder e o projeto é acalentado, incentivado e destacado em regularidade na mídia goiana.

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Antes, porém, o governador terá de explicar suas ligações com o contraventor Carlinhos Cachoeira. Ele nega proximidade. Mas nos últimos dias auxiliares diretos dele tem pedido para sair do governo. Todos com uma coisa em comum: ligações diretas com Cachoeira.

Marconi, assim, age como uma ilha cercada por gente de Cachoeira, gente curiosamente escolhida por ele para participar do governo. Coincidência?

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Já caíram: o procurador-geral do Estado, Ronald Bicca, o presidente do Detran, Edivaldo Cardoso, a chefe de gabinete da governadoria, Eliane Pinheiro, e o Procurador-chefe administrativo da Procuradoria-Geral do Estado, Marcelo Siqueira. Há suspeitas ainda de dinheiro destinado a campanhas (leia mais aqui).

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