Há seis dias no Senado, Wilder terá de se explicar publicamente

Senador que assumiu no lugar de Demóstenes Torres terá de esclarecer suas relações com Cachoeira, por exigência do presidente do DEM, Agripino Maia (RN); além da denúncia de que o bicheiro teria indicado Wilder Morais ao cargo de suplente, novo relatório da PF revela que seu primo recebeu R$ 30 mil do contraventor

Há seis dias no Senado, Wilder terá de se explicar publicamente
Há seis dias no Senado, Wilder terá de se explicar publicamente (Foto: Edição/247)


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247 – A situação do senador Wilder Morais (DEM-GO) tem apenas se complicado nos últimos dias, desde que assumiu no lugar de Demóstenes Torres no Senado. Nesta quinta-feira 19, o presidente do partido, senador Agripino Maia (RN), exigiu que Morais desse uma explicação pública sobre suas relações com o contraventor Carlos Cachoeira. Segundo diálogo grampeado pela Polícia Federal, o contraventor Carlos Cachoeira seria responsável por sua indicação ao posto.

"Ele não tem de convencer a mim, mas ao país. Acho que tem argumentos sólidos, mas o que o partido quer é que ele seja fiel aos princípios do DEM. O que queremos é que ele coloque argumentos sobre fatos em que ele é mencionado", disse Agripino, segundo reportagem da Folha de S.Paulo.

Em conversa com Agripino, Morais prometeu falar na próxima semana, quando irá participar de um ato de despedida da Secretaria de Infraestrutura do governo de Goiás. Até agora, o parlamentar não sofreu retaliações da sigla, mas segundo Agripino, apesar de o partido confirar em seu filiado, a tradição do DEM é "não conviver com a impunidade".

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Na conversa gravada pela PF, Wilder Morais, que é ex-marido da atual mulher de Cachoeira, ouviu do bicheiro que foi ele o responsável por tê-lo colocado naquela posição. O senador respondeu a Cachoeira que sem sua ajuda, ele não seria nada hoje. Após a divulgação do áudio, Morais se defendeu pelo Twitter, afirmando que a gravação era fragmentada de uma conversa e que seu real propósito não era mostrar gratidão a Cachoeira.

Além do diálogo, outra recente denúncia liga o demista ao bicheiro. Segundo um relatório da PF, o primo de Wilder, o advogado Denílson Martins Arruda, recebeu em sua conta bancária a quantia de R$ 30 mil da empresa que, segundo a PF, era usada pelo contraventor como fachada, a Alberto e Pantoja Construções. De acordo com o documento, ao qual o jornal O Estado de S.Paulo teve acesso, o depósito foi feito no dia 7 de julho de 2010, início da campanha eleitoral.

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Denílson é hoje filiado ao PSD e ex-chefe do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) em Goiás no governo Lula. O órgão, segundo investigações da PF, foi um dos que recebeu influência de Cachoeira no Estado.

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