Artigo de Tibúrcio é resposta indireta a carta de PMDB e PT

No texto “A Democracia consolidada”, publicado ontem no jornal O Popular, presidente da OAB afirma que Goiás não é terra arrasada e que entidade não será “instrumento para as pretensões políticas de quem quer que seja, pessoa ou agremiação partidária”

Artigo de Tibúrcio é resposta indireta a carta de PMDB e PT
Artigo de Tibúrcio é resposta indireta a carta de PMDB e PT (Foto: Divulgação)


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Goiás247_ O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil secção Goiás (OAB-GO), Henrique Tibúrcio, escreveu artigo ao jornal O Popular em resposta indireta à citação da entidade na Carta Aberta ao Povo Goiano, documento de PMDB e PT que defende a saída de Marconi Perillo do governo. No texto “A democracia consolidada”, publicado ontem, Tibúrcio garante que “não vivemos em terra arrasada”, conforme faz crer a carta de PT e PMDB, publicada no dia 10 e classificada como uma tentativa de golpe por PSDB e partidos aliados ao governo em manifestos distintos publicados em resposta no dia seguinte.

A carta de PT e PMDB foi uma resposta política à estratégia tucana de tentar convocar o ex-prefeito Iris Rezende (maior liderança oposicionista do Estado) à CPMI do Cachoeira. Na véspera, uma reportagem do jornal O Estado de S. Paulo trouxe denúncia de que Sodino Vieira, um dos assessores mais próximos de Iris, teria se beneficiado de uma possível operação envolvendo a transferência irregular de R$ 2 milhões num esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas operado pelo grupo de cachoeira.

Na carta aberta, a OAB é a única instituição incitada a participar do chamado “golpe”, o que motivou uma reunião entre a direção da entidade para discutir o que seriam consideradas  ameaças jurídicas contidas no documento, a exemplo das alegações de que Goiás vive tempos "sombrios" e que não existe mais clima para o governador de Goiás se manter no comando.

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A resposta mais concreta, mesmo que velada e elegante, veio do texto de Tibúrcio. O artigo ressalta a importância de se manter o Estado democrático de direito e sublinha o amplo apoio de entidades civis: "Prova disso foi a manifestação, na semana passada, logo após as maiores forças políticas do Estado terem trocado farpas na imprensa, de 25 importantíssimas instituições, sobretudo representantes do setor econômico, ao virem a público manifestar não a defesa do governador ou de seu mandato, mas da garantia da plenitude de funcionamento do Estado, suas instituições e seu crescimento". Tibúrcio se refere a uma terceira carta, em apoio ao governo, referendada por um grupo de entidades produtivas do Estado. Essa carta, chancelada por entidades importantes como Fieg, Acieg e Adial, pediu a manutenção do Estado democrático de direito.

Ainda conforme o artigo de Tibúrcio, existem setores que pretendem usar a operação Monte Carlo para “submergir o Estado”. O presidente da OAB reforça que a defesa das entidades representa a preocupação com uma possível estagnação de Goiás. Tibúrcio avisa que a OAB jamais será usada politicamente por qualquer grupo que seja: “O que não fará, nunca, é servir de instrumento para as pretensões políticas de quem quer que seja, pessoa ou agremiação partidária”, escreve. Conforme o advogado, a Ordem sabe separar bem o que é interesse coletivo de interesses de poucos, que atuam em detrimento da maioria.

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