CPI do Cachoeira é suspensa até outubro

Comissão presidida por Vital do Rêgo (PMDB-PB) decide que só vai retomar as reuniões administrativas e os depoimentos após as eleições, que ocorrem no início do próximo mês; “Estão enterrando a CPMI. Estão usando uma desculpa esfarrapada para não se investigar”, criticou o deputado Rubens Bueno (PPS)

CPI do Cachoeira é suspensa até outubro
CPI do Cachoeira é suspensa até outubro (Foto: Geraldo Magela/Agência Senado)


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Agência Brasil - Os líderes partidários que integram a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira decidiram hoje (4) suspender os trabalhos até o final do primeiro turno das eleições municipais, que ocorre no dia 7 de outubro.

Até as eleições, segundo o relator da comissão, deputado Odair Cunha (PT-MG), a ideia é que os parlamentares analisem toda a documentação que já está em poder da CPMI. Segundo Cunha, a comissão já recebeu 1,4 terabytes em arquivos novos que precisam ser analisados pelos membros.

“É necessário amplificarmos toda a análise que temos na CPMI, até porque as oitivas têm sempre o código de silêncio típico da máfia e de uma organização criminosa. A nossa compreensão é de que, como há o código claro da organização criminosa, é mais produtivos que nos concentremos na análise de dados”, disse o relator.

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Único contrário à interrupção dos trabalhos, o líder do PPS na Câmara, deputado Rubens Bueno (PR), avalia que a paralisação significa o fim da CPMI. “Estão enterrando a CPMI. Estão usando uma desculpa esfarrapada para não se investigar”, disse Bueno. Segundo ele, não há motivos para suspender os trabalho por conta das eleições. “Não temos nenhum parlamentar candidato. Isso é uma desculpa sem cabimento. Tínhamos que quebrar os sigilos das 12 empresas de laranjas da Delta”.

Já o vice-presidente da CPMI, deputado Paulo Teixeira (PT-SP), apesar de negar o “acordão” do PT com o PSDB para suspender os trabalhos, reconheceu que seria negativo para a CPMI manter as atividades paralelamente às eleições. “Não podemos deixar que as eleições contaminem os trabalhos, por isso optamos por voltar aos trabalhos em outubro”, disse Teixeira.

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Na reunião de líderes ficou definido que na primeira semana depois das eleições de 7 de outubro a comissão ouvirá o deputado Carlos Aberto Leréia (PSDB-GO) e, em seguida, será marcada reunião administrativa para apresentação de um balanço a ser apresentado pelo relator e também votação de requerimentos. Leréia, que segundo a Polícia Federal recebeu recursos do empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, tinha depoimento marcado para hoje, mas não compareceu alegando motivos pessoais.

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