Cachoeira lidera detentos do presídio da Papuda

Contraventor centraliza queixas contra direção e agentes, declama direitos humanos e se faz, às vezes, de assistente social de presos e familiares; rotina na cadeia inclui a recusa da quentinha, brigas e juras de amor com Andressa Mendonça, que o visita a cada 15 dias

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Goiás247_ O empresário Carlinhos Cachoeira é apontado como líder informal dos detentos da Penitenciária da Papuda, em Brasília. Lá, ele centraliza queixas contra a direção e os agentes, declama direitos humanos e se faz, às vezes, de assistente social de presos e de seus familiares. Cachoeira, hoje 16 quilos mais magro, ocupa sozinho uma cela. Tido como arrogante na carceragem, ele ainda resiste em abaixar a cabeça para os agentes e autoridades e responde a processos internos por desacato.

Segundo o Estadão, a ascensão do bicheiro na cadeia alertou o sistema de inteligência da Secretaria de Segurança do DF, que o colocou em isolamento. Nas últimas semanas, o jornal disse ter ouvido relatos de carcereiros e advogados que reconstituem o papel do contraventor dentro do presídio. O diário paulistano relata que Cachoeira passa quase todo o tempo sem camisa. A bermuda, levada pela família, quase não para, está frouxa.

No início da prisão, Cachoeira chegou a dividir cela com outros réus da operação Monte Carlo. Quase nove meses depois da operação, apenas ele e Gleyb Ferreira da Cruz, braço direito de Carlinhos, permanecem presos.

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Na Papuda, o empresário ainda resiste a algumas "regras", como abaixar a cabeça para agentes e autoridades. Tido como arrogante por uns e boa praça por outros, Cachoeira responde a processos internos por desacato e não é estranho responder às ordens dos agentes ou mesmo instigar outros presos a questionarem os comandos. Contudo, seu olhar já começa a mirar o chão de cimento.

O Estadão também informa que o empresário se recusa a comer a quentinha da Papuda. Alimenta-se de produtos congelados vendidos na unidade penitenciária ou trazidos por familiares. Recebe quinzenalmente a visita da mulher, Andressa Mendonça (nesta quinta-feira tem nova visita), atribuindo a ela o papel de "primeira dama dos presos". Cabe a Andressa, a musa da CPI, atender aos pedidos dos detentos e seus familiares que vão de cestas básicas a orientações jurídicas.

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Entre as celas, os dois protagonizam juras de amor e brigas. Em uma das discussões, Andressa jogou a aliança no chão e bradou que não teria medo de largá-lo. "Já deixei o pai dos meus filhos", disse, referindo-se ao atual senador Wilder Morais (DEM-GO), que assumiu o cargo depois da cassação de Demóstenes Torres.

Cachoeira também recebe constantemente a visita da ex-mulher Andreia Aprígio, com quem tem três filhos. A advogada é dona do Laboratório Vitapan, que segundo as investigações lavava dinheiro da organização criminosa. 

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