Assassinado 30º morador de rua em Goiânia

Vítima foi morta a facadas na madrugada desta terça-feira, 16, no Setor Coimbra; segundo testemunhas, crime teria sido motivado por uma dívida relacionada a drogas; Secretaria Nacional Direitos Humanos da Presidência da República sustenta que há prática de extermínio da população de rua da capital goiana

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Assassinado 30º morador de rua em Goiânia


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Goiás247_ Foi registrada na madrugada desta terça-feira, 15, a 30ª morte de moradores de rua em Goiânia nos últimos oito meses. O crime aconteceu no Setor Coimbra, próximo ao Hospital Materno Infantil, e teria ocorrido durante uma  entre usuários de drogas, segundo testemunhas. A vítima, do sexo masculino (todas os 30 mortos são homens), levou cinco facadas. A Polícia Civil de Goiás informou que duas testemunhas, também moradoras de rua, afirmaram que a motivação do assassinato seria uma dívida de drogas.

A sucessão de mortes de moradores de rua em Goiânia confronta autoridades se segurança no Estado com membros da Secretaria Nacional Direitos Humanos da Presidência da República. Enquanto a polícia afirma que a maioria das mortes tem associação com tráfico e uso de drogas, o governo federal afirma que há um grupo organizado pelo extermínio da população de rua na Capital.

Sobre a 29ª morte, ocorrida na segunda-feira, 15, o chefe da Delegacia de Investigações de Homicídios (DIH), delegado Murilo Polati, disse em entrevista à Agência Brasil que  a hipótese mais provável é de que o crime tenha ocorrido depois de uma briga entre moradores de rua.

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Para Polati, ao menos 18 das 29 mortes de moradores de rua estão relacionadas a disputas motivadas por uso ou vendas de drogas, sobretudo do crack. O delegado rebateu as denúncias de que as mortes estariam associadas à atuação de um grupo de extermínio que contaria com a participação ou a conivência de policiais e de autoridades do governo estadual.

“Vejo uma tentativa de politizar o assunto. O que me parece é que a morte de um morador de rua tem mais peso do que a vida dele, porque vejo muito pouco sendo feito para tirá-los da rua. Vejo as críticas e as acusações às polícias Civil e Militar e penso que [enquanto estavam] vivos essas pessoas não receberam a mesma atenção”, disse o delegado à Agência Brasil.

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Entre as autoridades que declararam a existência de “fortes indícios” de que os moradores em situação de rua de Goiânia estejam sendo mortos por grupos de extermínio está o secretário nacional de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos, Gabriel Rocha. “Há uma política de extermínio em curso”, disse em entrevista à Agência Brasil.

O presidente da Comissão Nacional de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Wadih Damous, também sustenta a suspeita de que agentes públicos estejam envolvidos com os crimes.

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