Eliane cobra respeito e compostura de Barbosa

Colunista da Folha prevê que julgamento da Ação Penal 470 será longo, como já disse o ministro Dias Toffoli. O comportamento do presidente do STF seria a causa: "Barbosa voltou a se comportar como se fosse dono da casa e da causa, irritando-se e batendo boca com Ricardo Lewandowski como nos piores momentos da primeira fase"

Colunista da Folha prevê que julgamento da Ação Penal 470 será longo, como já disse o ministro Dias Toffoli. O comportamento do presidente do STF seria a causa: "Barbosa voltou a se comportar como se fosse dono da casa e da causa, irritando-se e batendo boca com Ricardo Lewandowski como nos piores momentos da primeira fase"
Colunista da Folha prevê que julgamento da Ação Penal 470 será longo, como já disse o ministro Dias Toffoli. O comportamento do presidente do STF seria a causa: "Barbosa voltou a se comportar como se fosse dono da casa e da causa, irritando-se e batendo boca com Ricardo Lewandowski como nos piores momentos da primeira fase" (Foto: Roberta Namour)


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247 – O consenso e rapidez para votar embargos infringentes dos réus do julgamento da Ação Penal 470, demonstrados no primeiro dia desde a retomada dos trabalhos do STF foi apagado pela polêmica do segundo dia. Sessão encerada após bate boca do presidente da Corte, Joaquim Barbosa, com o ministro Ricardo Lewandowski. Para a colunista da Folha Eliane Cantanhêde, isso prova que o julgamento está longe do fim. Ela cobra respeito e compostura de Barbosa. Leia:

Chicana não

BRASÍLIA - Há uma grande dúvida se o julgamento do mensalão pelo Supremo vai ou não ser encerrado em poucas semanas.

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Depende de haver embargos dos embargos e da votação sobre acatar ou não os embargos infringentes, que são recursos de réus que tiveram pelos menos quatro votos a seu favor e tentam reformular suas penas.

Há 12 réus nesse caso, inclusive a estrela José Dirceu. Ele foi condenado também por formação de quadrilha, questão que, de fato, dividiu o plenário na primeira fase.

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Dizem a história e o bom senso que não se adivinham de véspera os votos do Supremo, mas já há quem aposte que o tribunal vai recusar os embargos infringentes e encerrar logo os trabalhos, apesar de o ministro Dias Toffoli ter previsto até mais dois anos de julgamento.

O presidente Joaquim Barbosa e ministros como Gilmar Mendes já se declaram publicamente contra acatar esses recursos e representariam a tendência do plenário.

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Se o tribunal resolver analisar os embargos infringentes, recomeça tudo de novo, quase do zero. E com dois ministros novos, Teori Zavascki e Luís Roberto --que tende a ser mais liberal tanto na compreensão sobre quadrilha quanto na dosimetria (os anos de prisão).

Na prática, um novo julgamento. E novas penas.

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O prazo para a conclusão depende, também, do comportamento dos próprios ministros. Eles foram rápidos e quase consensuais ao recusar a maioria dos embargos de declaração (grosso modo, de forma). Mas, já no segundo dia, desandou de novo.

Barbosa voltou a se comportar como se fosse dono da casa e da causa, irritando-se e batendo boca com Ricardo Lewandowski como nos piores momentos da primeira fase. Se o ritmo for como no primeiro dia, vai acabar logo. Mas tudo indica que será como no segundo.

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O presidente da corte não pode, ao vivo e em cores, acusar um colega de fazer "chicana". É preciso respeito e compostura.

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