Relacionamentos 2.0

Concluo que a internet já alterou e tende a alterar tsunamicamente a dinâmica das relações profissionais e sociais e dos relacionamentos afetivos



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Quando se trata de internet e mídias sociais, os números não mentem nem disfarçam: há uma transformação nem tão barulhenta, mas visceral no mundo dos relacionamentos.

Dentre as estatísticas que me chamam mais à atenção, enumero as seguintes:

1. - dos meios mais comuns de se conhecerem pessoas, o namoro online está em segundo lugar, só perdendo para conhecer amigos de amigos;

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2. - mais de um terço dos casamentos nos EUA começou com namoro na internet;

3. - um em cada cinco casais se conhece na internet.;

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4. - se o Facebook fosse um país seria o terceiro maior do mundo e duas vezes o tamanho da população dos EUA;

5. - de 2011 pra cá, o fenômeno das mídias sociais ultrapassou a indústria da pornografia na web;

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6. - um em cada cinco divórcios é atribuído ao Facebook. No Reino Unido hoje, um em cada três;

7. - um em cada dois americanos está no Facebook. No Brasil, um em cada quatro;

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8. - estudo recente na Inglaterra diz que uso excessivo de Facebook produz ciúme induzido (Facebook-induced jeaulousy) e aumenta significativamente os riscos de traição, términos de relação e divórcios em casais de todas as idades.

Por tudo isso e muito mais, concluo que a internet já alterou e tende a alterar tsunamicamente a dinâmica das relações profissionais e sociais e dos relacionamentos afetivos. Os estímulos e tentações estão hoje ao alcance das mãos 24 horas por dia. Não adianta dizer que nossos avós passavam por tentações similares e traíam da mesma maneira. Não. Hoje, com um simples smartphone à mão, temos, só no Facebook, 1 bilhão de pessoas para se conectarem a nós. Estar "presente" nas mídias sociais tornou-se um vício para muitos e motivo de distúrbios psíquicos para tantos outros.

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Dependendo do conceito de fidelidade que se leve em conta (e se este não se limitar à coisa física), ouso dizer que hoje, poucos são fiéis (no sentido mais estreito da palavra), considerando-se aqui o universo de pessoas que usam a internet e frequentam as mídias sociais, principalmente o Facebook. Assim sendo, o ciúme aumenta e retroalimenta as relações. Já existe no Facebook um aplicativo que cria namorado fake para provocar ciúmes em terceiros, eu juro.

Nesse cenário de patologia emocional, aumenta a desconfiança, aumentam as brigas e separações. Ao mesmo tempo, ninguém consegue parar porque as tentações são muitas e o flerte cibernético virou a maior de todas as fontes de entretenimento nas vidas bombardeadas de compromissos e informações.

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Então, temos um fato: os relacionamentos 2.0 que temos hoje são uma realidade e não há muito que se fazer pra voltarmos à versão beta.

O que é preciso agora é adequar velhos sentimentos e instintos à nova realidade. É mais ou menos como quando trocamos a caverna pela casa ou a carruagem pelo carro. Ninguém vai deixar de se relacionar ou de procriar. O importante é encarar o tsunami, passar a fase de testes, de transição e criar mecanismos e mentalidades para lidar com esse novo cenário. E haja racionalidade, autocontrole e
terapia!

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