Veja celebra prisão do PT e sugere cadeia para todos

Na capa, o sol nasce quadrado para José Genoino, José Dirceu e Delúbio Soares; revista retrata o chamado "mensalão" como o maior escândalo de corrupção da história e, em seu editorial, clama que seja só o começo; "o desfecho do escândalo do mensalão, com a ida para a prisão dos réus, não pode ser encarado como a vitória de um partido sobre outro ou da oposição sobre o governo", diz o texto; mas será que haverá o mesmo tipo de pressão para que outros escândalos, a começar pelo mensalão tucano, sejam também punidos? 

Na capa, o sol nasce quadrado para José Genoino, José Dirceu e Delúbio Soares; revista retrata o chamado "mensalão" como o maior escândalo de corrupção da história e, em seu editorial, clama que seja só o começo; "o desfecho do escândalo do mensalão, com a ida para a prisão dos réus, não pode ser encarado como a vitória de um partido sobre outro ou da oposição sobre o governo", diz o texto; mas será que haverá o mesmo tipo de pressão para que outros escândalos, a começar pelo mensalão tucano, sejam também punidos? 
Na capa, o sol nasce quadrado para José Genoino, José Dirceu e Delúbio Soares; revista retrata o chamado "mensalão" como o maior escândalo de corrupção da história e, em seu editorial, clama que seja só o começo; "o desfecho do escândalo do mensalão, com a ida para a prisão dos réus, não pode ser encarado como a vitória de um partido sobre outro ou da oposição sobre o governo", diz o texto; mas será que haverá o mesmo tipo de pressão para que outros escândalos, a começar pelo mensalão tucano, sejam também punidos?  (Foto: Sheila Lopes)


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247 - Em 22 de novembro de 2000, uma reportagem de Alexandre Oltramari, em Veja (leia mais aqui), tratava do caixa dois da campanha à reeleição do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em 1998. Citava pelo menos R$ 10 milhões não declarados, dos quais, a maior parte, de R$ 3 milhões, teria sido arrecadada por Andrea Matarazzo junto à – adivinhem – Alstom, a multinacional francesa que protagoniza o escândalo do metrô paulista, que deu origem a investigações suíças que já bloquearam cerca de R$ 60 milhões em propinas. "Que teve, teve", dizia Veja, sobre o "gravíssimo" caixa dois da campanha de FHC.

Nesta semana, 13 anos depois, na capa de Veja, o sol já nasce quadrado para José Genoino, José Dirceu e Delúbio Soares e o chamado "mensalão" é apresentado ao público como "o maior escândalo de corrupção da história".

Certamente, de todos, foi o mais debatido, estudado e comentado. Mas, em relação à dimensão, sempre haverá controvérsias. Basta lembrar que, na máfia dos fiscais de São Paulo, R$ 500 milhões em impostos foram desviados e apenas quatro fiscais conseguiram acumular um patrimônio imobiliário de R$ 80 milhões. No caso dos trens da Alstom e da Siemens, vale repetir que R$ 60 milhões em propinas para personagens secundários já foram bloqueados. No caso do "mensalão", Genoino é apontado como um dos maiores corruptos do País, mas a acusação não fica de pé diante de sua vida quase monástica (leia aqui o texto de Eduardo Guimarães a respeito).

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Seja como for, o julgamento da Ação Penal 470 se aproxima do fim e cada veículo de comunicação dará sua versão da história. Para Veja, é, foi e sempre será o maior escândalo de corrupção de todos os tempos – no Brasil e no mundo.

O editorial, no entanto, acende uma ponta de esperança. "Que seja só o começo", diz a Carta ao Leitor. "O desfecho do escândalo do mensalão, com a ida para a prisão dos réus, não pode ser encarado como a vitória de um partido sobre o outro ou da oposição sobre o governo", afirma o texto. "Assim, com certeza, a Justiça não precisará mais de oito longos anos para punir corruptos pegos em flagrante".

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A revista não cita o "mensalão mineiro" ou "mensalão tucano" nem o PSDB. Mas não custa lembrar que o caso de Minas Gerais, ocorrido na campanha de Eduardo Azeredo, em 1998, já completa 15 anos e ainda não foi julgado. Para um dos réus, Walfrido dos Mares Guia, até já prescreveu. No passado, Joaquim Barbosa lembrou que o caso não despertava o interesse dos meios de comunicação. Será que isso mudou vai mudar?

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