Globo vê "privilégios" de petistas na prisão

João Roberto Marinho diz que Dirceu, Genoino e Delúbio fazem parte da faceta de um Brasil arcaico, "do você sabe com quem está falando?"; segundo ele, condenados na AP 470 contrastam com presos comuns, "com o regime de portas constantemente abertas que tem valido para as personalidades petistas"; no entanto, condenados ao semiaberto tiveram regime fechado e até um juiz foi trocado, provocando protestos de entidades ligadas à magistratura e à advocacia

João Roberto Marinho diz que Dirceu, Genoino e Delúbio fazem parte da faceta de um Brasil arcaico, "do você sabe com quem está falando?"; segundo ele, condenados na AP 470 contrastam com presos comuns, "com o regime de portas constantemente abertas que tem valido para as personalidades petistas"; no entanto, condenados ao semiaberto tiveram regime fechado e até um juiz foi trocado, provocando protestos de entidades ligadas à magistratura e à advocacia
João Roberto Marinho diz que Dirceu, Genoino e Delúbio fazem parte da faceta de um Brasil arcaico, "do você sabe com quem está falando?"; segundo ele, condenados na AP 470 contrastam com presos comuns, "com o regime de portas constantemente abertas que tem valido para as personalidades petistas"; no entanto, condenados ao semiaberto tiveram regime fechado e até um juiz foi trocado, provocando protestos de entidades ligadas à magistratura e à advocacia (Foto: Roberta Namour)


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247 – O jornal O Globo, de João Roberto Marinho, aponta "privilégios" que os condenados petistas na AP 470 estariam recebendo na prisão da Papuda, em Brasília. Segundo a publicação, os três fazem parte da faceta de um Brasil arcaico, “do você sabe com quem está falando?”. No entanto, entidades ligadas à magistratura e à advocacia protestaram contra arbítrios ocorridos nas prisões.

Leia o editoria do Globo, que recentemente confessou seu apoio à ditadura militar de 64:

Retratos do Brasil na prisão de mensaleiros

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O escândalo do mensalão gera desdobramentos extraordinários desde a entrevista do então deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) à Folha de S.Paulo , em 2005, na qual ele denunciou o esquema de compra literal de apoio político e parlamentar ao governo Lula.

Beneficiário daquela obra de engenharia financeira da baixa política projetada em altos escalões do primeiro governo petista, Jefferson viria a ser um dos condenados no processo que inicialmente arrolou 40 mensaleiros, um fato inédito na mais que centenária história da República brasileira.

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E o ineditismo não parou por aí. Como nunca houve um banco de réus VIPs tão amplo, a história da Justiça nacional não aconselhava qualquer otimismo quanto a condenações. Pois aconteceu o oposto.

Apesar de todas as possibilidades de recursos protelatórios permitidos pela legislação - à disposição de alguns dos melhores e mais bem remunerados advogados do país -, ilustres terminaram condenados à prisão, outro fato pouco visto na vida pública. E neste sentido importa menos se o regime da pena é ou não de cárcere fechado do que o veredicto que pune poderosos, importante por si.

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Expedidos, durante o feriadão da semana passada, os primeiros 12 mandados de prisão de mensaleiros condenados por corrupção, o processo do mensalão passou a gerar excentricidades. Como o primeiro escalão petista apanhado neste primeiro arrastão judicial se autodeclarar prisioneiro político. Não passa de reação risível, sob encomenda para militantes sectários, o ex-ministro José Dirceu, o deputado e ex-presidente do PT José Genoino e o tesoureiro petista Delúbio Soares se considerarem presos políticos devido à sentença de um Supremo tribunal Federal composto, em sua maioria, por ministros indicados pelos governos companheiros de Lula e Dilma Rousseff, e num processo que transcorre há seis anos, com o exercício de amplos direitos de defesa. Neste caso, Marcos Valério também seria um perseguido do regime? Bizarro. A reação dos petistas, coreografada por gestos de punhos cerrados como revolucionários de gibi, da primeira metade do século XX, denuncia uma faceta de uma certa esquerda brasileira - a de viver do passado. Já inaceitáveis privilégios com que os prisioneiros petistas têm sido tratados na Papuda, em Brasília, denunciam outra faceta: a do Brasil arcaico, aristocrático até a medula, do você sabe com quem está falando?. Deste Brasil, Dirceu, Genoino e Delúbio também fazem parte. Eles são mais iguais que os prisioneiros comuns - entre eles, cardíacos, com certeza - cujo sistema de visita é espartano, em contraste com o regime de portas constantemente abertas que tem valido para as personalidades petistas condenadas.

O velho Brasil das elites - ironicamente tão enxovalhadas por facções do PT - está expresso em cores fortes nos acontecimentos em torno das primeiras prisões de mensaleiros.

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