Mais do mesmo: Economist ataca a política econômica

Revista britânica ataca novamente e diz que economia brasileira está se deteriorando; publicação afirma ainda que País pode até ter recessão, com queda acentuada nas finanças públicas, inflação elevada e um inchado déficit em conta corrente; em série de reportagens, Economist elegeu como alvo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e condicionou a reeleição da presidente Dilma Rousseff à troca de sua equipe econômica

Revista britânica ataca novamente e diz que economia brasileira está se deteriorando; publicação afirma ainda que País pode até ter recessão, com queda acentuada nas finanças públicas, inflação elevada e um inchado déficit em conta corrente; em série de reportagens, Economist elegeu como alvo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e condicionou a reeleição da presidente Dilma Rousseff à troca de sua equipe econômica
Revista britânica ataca novamente e diz que economia brasileira está se deteriorando; publicação afirma ainda que País pode até ter recessão, com queda acentuada nas finanças públicas, inflação elevada e um inchado déficit em conta corrente; em série de reportagens, Economist elegeu como alvo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e condicionou a reeleição da presidente Dilma Rousseff à troca de sua equipe econômica (Foto: Roberta Namour)


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247 – A revista britânica The Economist não perdoou a previsão errada do PIB feita pela presidente Dilma Rousseff em entrevista ao site do El Pais, no Brasil. Na edição desta semana, ela usou o episódio para decretar a “deterioração” brasileira e espinhar novamente a equipe econômica comandada por Guido Mantega, constantemente ironizado pela publicação. Leia na matéria do Infomoney:

SÃO PAULO - A edição desta semana da The Economist não deixou escapar o recente equívoco da presidente Dilma Rousseff. Em reportagem que não mede esforços para criticar a atual situação da economia brasileira, a revista britânica traz logo no primeiro parágrafo: um único dado econômico pode levantar ou derrubar um político, citando o erro da presidente ao falar erroneamente ao jornal espanhol El País, que o crescimento da economia do Brasil em 2012 havia sido revisado para 1,5%, e não 0,9% como o IBGE calculou há um ano atrás. No entanto, dias após a declaração, foram publicados os cálculos do instituto e o PIB (Produto Interno Bruto) revisado só havia dado um pulinho para crescimento de 1%.

Além disso, o IBGE também divulgou o PIB do terceiro trimestre, que contraiu em 0,5% na comparação com os três meses anteriores. Depois de uma série de surpresas negativas, os economistas correram para fazer ajustes em suas projeções para o crescimento econômico em 2013 e no próximo ano. Para o banco de investimentos Nomura, o quarto trimestre também deve trazer retração, o que pode colocar o Brasil em uma recessão técnica. Mesmo que seja evitada, o veredicto sobre a economia da presidente Dilma já parece claro, comenta a reportagem. A economia deve crescer por volta de 2% e a inflação 6%. As finanças públicas se deterioram acentuadamente e um inchado déficit em conta corrente completam o quadro desanimador, aponta o texto.

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Ao citar as eleições presidenciais em outubro de 2014, a revista lembra que as medidas para ajustar as contas públicas prejudicariam o crescimento econômico antes que os benefícios macroeconômicos fossem notados. Por isso, as medidas estão sendo adiadas. Mas, quanto mais o governo adia, mais profunda será a correção que terá de ser feita e maior o risco de tentar conciliar simultaneamente a inflação, gastos públicos e câmbio.

As menções sobre a deterioração econômica do Brasil não param por aí. A reportagem ainda cita a visão de outro banco, o JPMorgan, que colocou o Brasil junto com a Índia, Indonésia, África do Sul e Turquia como os países mais vulneráveis quando o Federal Reserve iniciar o corte dos estímulos, conhecidos como Quantitative Easing III, e que deve ocorrer nos próximos meses. A expectativa é que o real se desvalorisse ainda mais em relação ao dólar, o que não impacta apenas a inflação, mas, conjuntamente, força a Petrobras (PETR3; PETR4) a manter os preços dos combustíveis mais baixos do que o necessário.

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Apesar do tom crítico, a revista reconhece que a situação do Brasil não é de calamidade. Embora a inflação esteja elevada, não está fora de controle, e o programa de infraestutura, mesmo que muito atrasado, está finalmente em andamento. O desemprego está perto dos mínimos históricos, a renda está aumentando, ainda que não tão rápido como antes, e a popularidade da presidente duramente atingida durante os protestos de junho se recuperou um pouco e nenhum dos adversários mostra sinais de decolar. No fim da reportagem, eles ainda ponderam "a equipe de Dilma Rousseff pode estar correta no julgamento político, mas eles tem pouco espaço de manobra".

Texto publicado originalmente no site Infomoney.

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