Falcão critica oposição da "mídia monopolizada"

Presidente reeleito do PT diz que vai continuar a impor a regulamentação dos meios de comunicação entre os temas defendidos pelo partido ao governo Dilma Rousseff; segundo ele, alvos são monopólios como o da Globo; o petista critica ainda a cobertura da mídia dos escândalos envolvendo o PSDB: “Há uma certa preferência pela partidarização. Temos de trabalhar com realidade, com omissão, distorção, e meia verdade. Isso é o comportamento médio da mídia brasileira. Não se trata de censurá-la por isso. Mas de compreendê-la”

Presidente reeleito do PT diz que vai continuar a impor a regulamentação dos meios de comunicação entre os temas defendidos pelo partido ao governo Dilma Rousseff; segundo ele, alvos são monopólios como o da Globo; o petista critica ainda a cobertura da mídia dos escândalos envolvendo o PSDB: “Há uma certa preferência pela partidarização. Temos de trabalhar com realidade, com omissão, distorção, e meia verdade. Isso é o comportamento médio da mídia brasileira. Não se trata de censurá-la por isso. Mas de compreendê-la”
Presidente reeleito do PT diz que vai continuar a impor a regulamentação dos meios de comunicação entre os temas defendidos pelo partido ao governo Dilma Rousseff; segundo ele, alvos são monopólios como o da Globo; o petista critica ainda a cobertura da mídia dos escândalos envolvendo o PSDB: “Há uma certa preferência pela partidarização. Temos de trabalhar com realidade, com omissão, distorção, e meia verdade. Isso é o comportamento médio da mídia brasileira. Não se trata de censurá-la por isso. Mas de compreendê-la” (Foto: Roberta Namour)


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247 – Em entrevista ao site em português do El Pais, o presidente nacional reeleito do PT, Rui Falcão, critica o que chama de imprensa monopolizada e diz que vai trabalhar para aprovar o projeto de democratização de mídia.

A regulamentação dos meios de comunicação no Brasil é uma antiga demanda de Falcão ao governo, mas foi deixada de lado no governo de Dilma Rousseff. Na época, ele afirmou que é "um direito do governo" não enviar o projeto por conta da "correlação de forças". "Mas o partido, como é diferente do governo, vai se associar às entidades que estão querendo convencer a sociedade de que esse marco é necessário. Tenho a expectativa de que vai acabar saindo."

Leia alguns trechos da entrevista ao El Pais, disponível na íntegra no site do PT:

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Reeleição de Dilma

Outra reforma que poderia ser feita no próximo período, é a democratização dos meios de comunicação. Nada a ver com restrição de liberdade de expressão, mas regulamentação dos artigos da Constituição que cuidam do direito social a comunicação. E principalmente o artigo que proíbe os monopólios e oligopólios na comunicação. E ainda, a reforma de partidos operários, a questão da mobilidade urbana, a reforma tributária, e uma política fiscal mais justa.

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Regulamentação da mídia

A regulamentação é mais voltada para os meios eletrônicos de comunicação. Não tratamos de jornalismo impresso, onde há concorrência. Mas dos meios eletrônicos, as televisões, que são concessão pública. E como qualquer serviço, ela precisa de uma agência reguladora, como existe na Inglaterra, na Itália, na França etc. Queremos discutir pluralidade, regionalização, e a proibição de monopólio. Um único grupo deter meios que significam 50% ou 60% da audiência, e que recebem, portanto, mais de 50% de verbas de publicidade oficiais.

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Globo

É um monopólio, mas tem quatro ou cinco canais que produzem conteúdo, é dessa regulamentação que se trata. E proibir também aqueles que concedem o serviço e podem se beneficiar dele. Há o caso dos políticos que dominam os meios de comunicação, que autorizam a concessão para si próprio. Quem está nessa situação, ou transfira sociedade do canal de TV, ou abdique de mandato parlamentar.

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PT

Há uma diferença entre o PT e o Governo. O PT tem essa bandeira de democratização dos meios desde a sua fundação (nos anos 80). E faz sentido porque nós nascemos fazendo democracia, combatendo a censura, denunciando tortura. O PT é fruto da união de pessoas que lutaram contra a ditadura, com as comunidades eclesiais de base da Igreja Católica, do sindicalismo. Então, temos um compromisso com o aprofundamento da democracia. Não pode ser com os atuais monopólios. Ocorre que os Governos que sucederam a ditadura já estavam associados a esses meios. Não tinham interesse em mudar esses meios. Não há apoio suficiente no Congresso para enviar um projeto do marco regulatório. O presidente Lula, no final do governo, concluiu uma proposta e deixou o projeto para o Governo Dilma que, num primeiro momento, mandaria esse projeto reformulado para consulta pública, mas ela mudou de ideia. Nós, em associação com um grupo de jornalistas e entidades, estamos insistindo nessa bandeira, caso a presidenta Dilma for reeleita, que ela envie o projeto para o Congresso.

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Cobertura de escândalos tucanos

Não há cobertura simultânea, do cartel de trens, e da ação dos fiscais. A ação dos fiscais coloca em segundo plano o cartel. Quando uma das gravações (do caso dos fiscais) diz que o ex prefeito (Gilberto Kassab) sabia de tudo, um jornal em São Paulo faz uma manchete dizendo: “Prefeito sabia de tudo”, com uma foto do atual prefeito petista, Fernando Haddad, ao lado. Há uma certa preferência pela partidarização. E a divulgação de fatos notórios é uma condição para que haja veracidade ao público. Temos de trabalhar com realidade, com omissão, distorção, e meia verdade. Isso é o comportamento médio da mídia brasileira. Não se trata de censurá-la por isso. Mas de compreendê-la.

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Oposição da mídia

Mais forte que oposição partidária é um conjunto de setores do grande capital, da mídia monopolizada, e de altos funcionários do aparelho de estado. Presentes em áreas do Judiciário, e do Ministério Público. Essa é a oposição mais poderosa Mais do que o PSDB, o DEM, PPS e a Rede juntos.

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