JN: Dilma já enfrentou torturadores piores

“O que se viu na noite de segunda-feira, 18 de agosto de 2014, na TV Globo, não foi uma entrevista dura como foram – em alguma medida – aquelas a que foram submetidos Aécio Neves e Eduardo Campos. Foi uma agressão, um desrespeito”, disse Eduardo Guimarães, do blog da Cidadania, sobre ação de William Bonner e Patrícia Poeta no Jornal Nacional; segundo ele, presidente Dilma Rousseff reagiu como uma mulher ciente de suas responsabilidades: “Se Dilma não cedeu nem à tortura física da ditadura, não seriam um mauricinho e uma patricinha de quinta que iriam dobrá-la”

“O que se viu na noite de segunda-feira, 18 de agosto de 2014, na TV Globo, não foi uma entrevista dura como foram – em alguma medida – aquelas a que foram submetidos Aécio Neves e Eduardo Campos. Foi uma agressão, um desrespeito”, disse Eduardo Guimarães, do blog da Cidadania, sobre ação de William Bonner e Patrícia Poeta no Jornal Nacional; segundo ele, presidente Dilma Rousseff reagiu como uma mulher ciente de suas responsabilidades: “Se Dilma não cedeu nem à tortura física da ditadura, não seriam um mauricinho e uma patricinha de quinta que iriam dobrá-la”
“O que se viu na noite de segunda-feira, 18 de agosto de 2014, na TV Globo, não foi uma entrevista dura como foram – em alguma medida – aquelas a que foram submetidos Aécio Neves e Eduardo Campos. Foi uma agressão, um desrespeito”, disse Eduardo Guimarães, do blog da Cidadania, sobre ação de William Bonner e Patrícia Poeta no Jornal Nacional; segundo ele, presidente Dilma Rousseff reagiu como uma mulher ciente de suas responsabilidades: “Se Dilma não cedeu nem à tortura física da ditadura, não seriam um mauricinho e uma patricinha de quinta que iriam dobrá-la” (Foto: Roberta Namour)


✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

Por Eduardo Guimarães, do blog da Cidadania

A presidente da República bem que poderia ter incorporado o espírito de Leonel Brizola e, após ter dito tudo que tantos brasileiros têm a dizer sobre a Globo, deixado William Bonner e Patrícia Poeta fazendo suas caras e bocas (de nojo) sozinhos. Se não fosse uma dama, poderia ter dito que recebeu o Jornal Nacional para ser entrevistada, não para ser agredida.

O que se viu na noite de segunda-feira, 18 de agosto de 2014, na TV Globo, não foi uma entrevista dura como foram – em alguma medida – aquelas a que foram submetidos Aécio Neves e Eduardo Campos. Foi uma agressão, um desrespeito.

continua após o anúncio

E não só pelo tom dos entrevistadores, mas pelo tempo que gastaram com suas perguntas. Bonner e Poeta gastaram um terço dos 15 minutos que durou a entrevista. Mais especificamente, 4 minutos e 48 segundos. Isso sem contar o tempo das interrupções. Não houve nada igual nas entrevistas com Aécio Neves e Eduardo Campos.

Aqui se poderia questionar o teor das perguntas. No caso da pergunta sobre saúde, por exemplo, com Poeta fazendo caras e bocas (de nojo), opinou que 12 anos seria “tempo demais” para Dilma não consertar problemas que a saúde pública no Brasil ostenta há 500 anos.

continua após o anúncio

Dilma poderia ter respondido isso, que os problemas da saúde do país não têm 12 anos e que não serão solucionados completamente por governante nenhum em um, dois ou três mandatos, mas preferiu se restringir às suas responsabilidades em respeito ao público.

Sobre corrupção, Dilma também poderia ter respondido à pergunta de Bonner com outra. Poderia ter perguntado que governante brasileiro, entre prefeitos e governadores, não tem problemas de corrupção entre seus comandados.
Dilma poderia, por exemplo, ter dito que o escândalo dos trens em São Paulo envolve “módicos” 11 bilhões de reais e que não houve nada sequer parecido em seu governo.

continua após o anúncio

Mas Dilma é uma dama e uma mulher ciente de suas responsabilidades. Não seria uma sessão de tortura psicológica levada a cabo por aprendizes de torturadores que iria fazê-la perder a linha ou esmorecer. Faltou competência ao casal de energúmenos até para exercer o poder dos torturadores.

Mas se Dilma não cedeu nem à tortura física da ditadura, não seriam um mauricinho e uma patricinha de quinta que iriam dobrá-la.

continua após o anúncio

Em 18 de agosto de 2014, com seu casalzinho de torturadores perfumados, a Globo fez lembrar ao país que continua sendo aquela mesma Globo que rastejou aos pés da ditadura para que esta lhe enchesse os bolsos com dólares que os americanos aqui despejaram para destruir a nossa democracia, para seviciar nosso povo durante mais de vinte anos.

A data dessa sessão de tortura midiática entra agora para a história do jornalismo brasileiro como exemplo de falta de compostura profissional. Bonner e Poeta teriam feito papel menos odioso se emulassem os energúmenos que, na abertura da Copa, vociferaram o infame “Dilma, VTNC”. Só faltou berrarem isso diante da presidente da República.

continua após o anúncio
continua após o anúncio

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Comentários

Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247

continua após o anúncio

Ao vivo na TV 247

Cortes 247