Voo no avião do importador de pneus chineses é mais uma contradição de Marina

Após convencer a Organização Mundial do Comércio a defender o direito do Brasil de proibir a importação de pneus usados como ministra do Meio Ambiente, Marina Silva voou no jato Cessna ao lado do então presidenciável Eduardo Campos, em campanha pelo PSB; PF aponta que o avião pertencia a Apolo Santana Vieira, dono da empresa Bandeirantes Companhia de Pneus Ltda; a informação foi divulgada por Luis Nassif 

Após convencer a Organização Mundial do Comércio a defender o direito do Brasil de proibir a importação de pneus usados como ministra do Meio Ambiente, Marina Silva voou no jato Cessna ao lado do então presidenciável Eduardo Campos, em campanha pelo PSB; PF aponta que o avião pertencia a Apolo Santana Vieira, dono da empresa Bandeirantes Companhia de Pneus Ltda; a informação foi divulgada por Luis Nassif 
Após convencer a Organização Mundial do Comércio a defender o direito do Brasil de proibir a importação de pneus usados como ministra do Meio Ambiente, Marina Silva voou no jato Cessna ao lado do então presidenciável Eduardo Campos, em campanha pelo PSB; PF aponta que o avião pertencia a Apolo Santana Vieira, dono da empresa Bandeirantes Companhia de Pneus Ltda; a informação foi divulgada por Luis Nassif  (Foto: Roberta Namour)


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247 – Hoje o PSB tenta afastar Marina Silva, candidata à Presidência, da polêmica sobre o jato fantasma que caiu com a comitiva de Eduardo Campos a bordo. No entanto, o episódio indica mais uma contradição da ex-senadora.

Segundo Luis Nassif, no jornal GGN, após convencer a Organização Mundial do Comércio a defender o direito do Brasil de proibir a importação de pneus usados, como ministra do Meio Ambiente, Marina Silva voou no jato Cessna que pertencia a Apolo Santana Vieira, dono da empresa Bandeirantes Companhia de Pneus Ltda. Leia:

Marina e o importador de pneus que bancou o Cessna

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O grande momento de Marina Silva, quando Ministra do Meio Ambiente, foi sua ida à OMC (Organização Mundial do Comércio) para defender o direito do Brasil de proibir a importação de pneus usados.

Convenceu a OMC e atuou firmemente para impedir o avanço de uma lei autorizando as importações.

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Em seguida, Marina encaminhou ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), um ofício com seis linhas, solicitando divulgação da moção nº 82 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) contrária à importação de pneus.

Com a medida, Marina fechou a fábrica BS Colway, do Paraná, montada para reciclar pneus da Europa. E desempregou mais de mil funcionários

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O caso do Cessna

Investigações da Polícia Federal apontam Apolo Santana Vieira, dono da empresa Bandeirantes Companhia de Pneus Ltda, como proprietário do avião Cessna que caiu com o candidato Eduardo Campos a bordo.

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A empresa é importadora de pneus através do porto de Suape e responde por sonegação calculada em cerca de R$ 100 milhões.
Começou a operar em 2006, quando o então governador Mendonça Filho assinou um decreto autorizando a empresa a importar até 4 mil pneus para veículos e máquinas industriais, 4 mil unidades para máquinas agrícolas ou florestais e até 5 mil para veículos diversos.

Assumindo o governo, Eduardo Campos tirou os limites de importação permitindo a notável expansão da companhia. E o avião transportou a comitiva de Campos, incluindo Marina, até o dia da queda.

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Protegida do então governador do Paraná Roberto Requião, a BS Colway importava pneus seminovos da Europa e Estados Unidos. Alegava que, por ter uma armação superior aos pneus fabricados no país, o pneu remodelado teria condições de competir com os novos. Era mais barato e, segundo a empresa, durava o dobro do tempo dos pneus nacionais. Também tinha garantia de fábrica maior.

Na época, repórteres que visitaram a fábrica em Piraquara na grande Curitiba, diziam-se impressionados com as máquinas e a tecnologia empregada.

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Os funcionários eram treinados com cursos ate no exterior. Recebiam participação no lucro da empresa e tinham direito a moradia num bairro arborizado construído especialmente para as eles.

Há uma lei que obriga as fabricantes de pneus a darem uma destinação para os pneus usados. A lei é desrepeitada por todas as marcas. O próprio Ibama, na gestão Marina, aplicou multas pesadas às multinacionais de pneus instaladas no país, por desrespeito à lei.

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A empresa tinha um acordo com o governo do Paraná, para retirar do mercado todos os pneus usados misturando a borracha com o asfalto utilizado nas estradas e ruas do estado.

Detinha na época 3% do mercado brasileiro de pneus do país, mas já incomodava as grandes multinacionais.

Com o fechamento da BS Colway os trabalhadores perderam seus empregos.

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