'Marina prega a nova, mas pratica a velha política'

Diretor de CartaCapital, Mino Carta critica apoio da presidenciável ao candidato a senador Paulo Bornhausen, para quem pediu votos em Florianópolis; "Esta adesão eufórica à velha política assinala a enésima contradição de pregadora da nova", afirma; segundo o jornalista, Marina Silva "destruiu o ideário de Eduardo Campos e talvez consiga demolir o próprio partido que representa"

Diretor de CartaCapital, Mino Carta critica apoio da presidenciável ao candidato a senador Paulo Bornhausen, para quem pediu votos em Florianópolis; "Esta adesão eufórica à velha política assinala a enésima contradição de pregadora da nova", afirma; segundo o jornalista, Marina Silva "destruiu o ideário de Eduardo Campos e talvez consiga demolir o próprio partido que representa"
Diretor de CartaCapital, Mino Carta critica apoio da presidenciável ao candidato a senador Paulo Bornhausen, para quem pediu votos em Florianópolis; "Esta adesão eufórica à velha política assinala a enésima contradição de pregadora da nova", afirma; segundo o jornalista, Marina Silva "destruiu o ideário de Eduardo Campos e talvez consiga demolir o próprio partido que representa" (Foto: Gisele Federicce)


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247 – Em editorial, o diretor de redação da CartaCapital, Mino Carta, voltou a criticar Marina Silva, quem, segundo ele, prega a nova, mas pratica a velha política. Ele criticou o fato de a candidata do PSB ter subido ao palanque e pedido votos a Paulo Bornhausen, candidato ao Senado, em Florianópolis (SC).

"Precioso trunfo para o filho de Jorge Bornhausen, governador biônico de Santa Catarina durante a ditadura, liderança do ex-PFL e patriarca de uma das mais ricas famílias do estado. Direita reacionária na sua acepção mais desbragada", comentou o jornalista. "Esta adesão eufórica à velha política assinala a enésima contradição de pregadora da nova", criticou ainda Mino Carta.

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Nova é esta Marina Silva
A candidata do PSB pratica a velha política enquanto prega o contrário. Destruiu o ideário de Eduardo Campos e talvez consiga demolir o próprio partido que representa

Não há quem segure a candidata Marina Silva nesta caminhada final rumo à eleição. Em Florianópolis, subiu ao palanque de Paulinho Bornhausen e com empenho apaixonado pediu votos para sua candidatura a senador. Precioso trunfo para o filho de Jorge Bornhausen, governador biônico de Santa Catarina durante a ditadura, liderança do ex-PFL e patriarca de uma das mais ricas famílias do estado. Direita reacionária na sua acepção mais desbragada.

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Esta adesão eufórica à velha política assinala a enésima contradição de pregadora da nova. Uma análise da personagem do ponto de vista psicológico exibe, isto sim, uma nova Marina. A contida, austera ambientalista na qualidade de candidata em campanha mudou radicalmente o seu estilo, a ponto de pôr em xeque as crenças professadas até ontem. A perspectiva do poder leva-a a renovar seu verbo e seus gestos e a buscar a companhia de quantos aparentemente haveriam de ser seus adversários, se não inimigos. Vale tudo para chegar lá, é o que se deduz sem maiores esforços.

Confesso minha surpresa. Marina Silva revela uma determinação obcecada que não imaginava. Certo é que a candidatura de Eduardo Campos, sua plataforma, suas ideias, seus projetos e propósitos, Marina conseguiu destruir. Receio que logre ir além, para demolir o próprio Partido Socialista. Em lugar da nova política, temos a nova Marina.

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Humoristas midiáticos

Há momentos de puro humorismo propiciados pela mídia nativa. No momento a Folha de S.Paulo celebra a instituição do ombudsman há 25 anos, de sorte a estabelecer a autocrítica dentro do próprio jornal. O Folhão se apressa a esclarecer, pomposo, que o exemplo não foi acompanhado pelas demais publicações brasileiras enquanto em vários países do mundo a prática salutar é adotada. O nome ombudsman, admito, me soa desagradável. De todo modo, tivesse funcionado sempre para valer, viveria física e moralmente esgotado.

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A leitura e a audiência que parcimoniosamente dedico à mídia nativa me revelam o autêntico responsável por todos os males no momento padecidos pelo Brasil. Ou melhor, a responsável, Dilma Rousseff, a começar, pasmem, pela crise econômica mundial, que ninguém poupa, até a inflação e o desemprego. Mas os porcentuais não são bastante baixos em relação aos números globais? Segundo o Cérbero da família Marinho, o cão de três cabeças à porta do Hades, a presidenta maquia os dados. Ou finge ignorá-los?

Tudo é culpa da Dilma, até, quem sabe, o 7 a 1 imposto pela seleção alemã aos canarinhos, ou o tráfego congestionado, ou falta de luz em casa. Só mesmo a crescente, inexorável escassez de água em São Paulo não pode ser atribuída à presidenta. No caso, entretanto, o culpado, o governador, Alckmin, é prontamente perdoado e se prepara ao passeio eleitoral.

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