Constantino convoca a massa para o dia 15

Colunista Rodrigo Constantino, do Globo, usa seu espaço para chamar novas manifestações, como a que ocorreu na Avenida Paulista, após as eleições; "No próximo dia 15, aniversário de nossa República, vamos todos às ruas protestar contra o populismo, esse câncer que corrói nossas instituições. Republicanos, uni-vos!", diz ele, parodiando o manifesto comunista; Constantino diz ainda que reclamos por volta da ditadura militar são exceção

Colunista Rodrigo Constantino, do Globo, usa seu espaço para chamar novas manifestações, como a que ocorreu na Avenida Paulista, após as eleições; "No próximo dia 15, aniversário de nossa República, vamos todos às ruas protestar contra o populismo, esse câncer que corrói nossas instituições. Republicanos, uni-vos!", diz ele, parodiando o manifesto comunista; Constantino diz ainda que reclamos por volta da ditadura militar são exceção
Colunista Rodrigo Constantino, do Globo, usa seu espaço para chamar novas manifestações, como a que ocorreu na Avenida Paulista, após as eleições; "No próximo dia 15, aniversário de nossa República, vamos todos às ruas protestar contra o populismo, esse câncer que corrói nossas instituições. Republicanos, uni-vos!", diz ele, parodiando o manifesto comunista; Constantino diz ainda que reclamos por volta da ditadura militar são exceção (Foto: Leonardo Attuch)


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247 - O colunista Rodrigo Constantino, do Globo e de Veja.com, quer agora ser líder de massas. Em sua coluna desta terça-feira, ele convoca manifestações contra Dilma e o PT para o próximo dia 15, feriado da Proclamação da República. Leia abaixo:

Republicanos, uni-vos!

O PT está no poder, fazendo Collor parecer um mero aprendiz. Por que o PT era democrático então e os que exigem punição aos corruptos de hoje são ‘golpistas’?

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Esquerda e direita são conceitos que, no Brasil, costumam gerar muita confusão, após décadas de monopólio da virtude por parte da esquerda. Por isso é melhor adotar a divisão entre populistas e republicanos. Eis o grande embate da atualidade.

De um lado, temos aqueles que defendem governantes que gostam de distribuir a riqueza alheia, sem construir as bases que efetivamente permitem a criação de mais riqueza. Do outro, temos os que desejam reformas estruturais que possibilitem um ambiente mais amigável aos negócios, à iniciativa privada, para que o Brasil possa ir na direção dos países desenvolvidos.

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Uns aplaudem esmolas que criam dependência dos mais pobres, perpetuando a pobreza, máquina de votos. Outros cobram responsabilidade individual e aceitam um assistencialismo básico, desde que descentralizado, com porta de saída e fornecido pelo Estado, não pelo governo para terrorismo eleitoral depois.

Do lado populista, temos o resgate da velha máxima “rouba, mas faz”, com vista grossa a todos os infindáveis escândalos de corrupção, só por se tratar de um governo de esquerda. Do lado republicano, estão aqueles que não aceitam compactuar com essa roubalheira, supostamente favorável aos mais pobres.

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Populistas olham para o aqui e agora, adotando visão imediatista de curto prazo. Republicanos querem construir sólidas instituições, preocupam-se mais com o processo, pois entendem que somente isso permite o progresso sustentável no longo prazo.

Os populistas falam em nome da democracia, mas não a valorizam de verdade. Idolatram as piores ditaduras do mundo, como o regime socialista cubano, e enaltecem o modelo venezuelano de “democracia direta”, na prática outra ditadura disfarçada. Republicanos respeitam o processo democrático, desde que preservando-se seus pilares básicos, como pluralidade partidária, limites constitucionais ao Poder Executivo, divisão de poderes e liberdade de imprensa.

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Do lado econômico, populistas aceitam mais inflação para financiar os crescentes gastos públicos, e repudiam qualquer tipo de austeridade do governo. Republicanos entendem que o governo jamais pode gastar mais do que arrecada, e que a inflação é o mais nefasto imposto que existe, pois penaliza de forma desproporcional os mais pobres.

O Brasil é “governado” por populistas há 12 anos. Mas nesta eleição o lado republicano acordou. Milhões de pessoas, da esquerda civilizada à direita conservadora, uniram-se em prol de uma candidatura que virou um movimento de resgate dos valores republicanos, destruídos ao longo do avanço petista. O patriotismo renasceu, a indignação floresceu, e muitos estão cansados dos abusos chavistas, da impunidade, do aparelhamento do Estado, dos constantes ataques à liberdade de imprensa.

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Manifestações espontâneas tomaram as ruas, e isso apavora os populistas, pois sempre as julgaram sua propriedade particular. Automaticamente, tentam pintar esses manifestantes como ícones da direita radical golpista, tomando a exceção como a regra. Se um infeliz pede a volta dos militares, então milhares de republicanos são acusados de antidemocráticos. Por pessoas que elogiam Fidel Castro!

A República, como diz o nome, é a “coisa pública”, ao contrário do patrimonialismo, que trata o Estado como “cosa nostra”. É exatamente isso que esses milhões de pessoas estão demandando: a valorização de nossas instituições de Estado, contra uma quadrilha que se apossou dele para instalar um sistema de corrupção jamais visto na história deste país. Queremos meritocracia, e não peleguismo. Queremos punição aos corruptos, não que sejam tratados como heróis injustiçados pelo partido no poder.

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Não vai colar a acusação de golpismo. Quando Lula era oposição, foi às ruas cobrar o impeachment de Collor, hoje seu aliado. Defendeu que era maravilhosa essa pressão popular contra governantes corruptos. O que mudou? O PT está no poder, fazendo Collor parecer um mero aprendiz. Por que o PT era democrático então e os que exigem punição aos corruptos de hoje são “golpistas”?

Nada disso. Os republicanos vão continuar nas ruas, nas redes sociais, pois a oposição despertou de sua sonolência. Nos Estados Unidos, os republicanos foram acusados de radicais pela imprensa progressista, mas deram uma sova em Obama nas urnas, mostrando como se faz oposição em uma democracia sólida. Vamos repetir isso aqui.

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No próximo dia 15, aniversário de nossa República, vamos todos às ruas protestar contra o populismo, esse câncer que corrói nossas instituições. Republicanos, uni-vos!

Rodrigo Constantino é economista

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