Tijolaço: estourar meta de inflação é especialidade tucana
"Nos quatro anos em que governou sob o regime de metas inflacionárias, Fernando Henrique o rompeu em nada menos que a metade", escreve o blogueiro Fernando Brito; sobre o resultado da inflação acumulada de 2014, que ficou dentro da meta, ele diz que foi mais uma "bola fora" dos urubólogos
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Saiu o índice de inflação do IBGE para dezembro, com a alta que se esperava: 0,78%.
Alto, mas menor do que o registrado em 2013: 0,92%.
Com isso, o teto da meta de inflação, esta "linha sagrada" de nossos economistas e comentaristas econômicos neoliberais – a turma do "tripé macroeconômico" – foi respeitada pelo 11° ano consecutivo.
Estourar meta de inflação, está provado, é especialidade tucana.
Nos quatro anos em que governou sob o regime de metas inflacionárias, Fernando Henrique o rompeu em nada menos que a metade.
Nos Governos Lula e Dilma, só uma vez, como parte da "herança maldita" feagaceana.
1999 = (Inflação: 8,94%) (Meta: 8,0%) (Teto da Meta:10,0%) (FHC)
2000 = (Inflação: 5,97%) (Meta: 6,0%) (Teto da Meta: 8,0%) (FHC)
2001 = (Inflação: 7,67%) (Meta: 4,0%) (Teto da Meta: 6,0%) (FHC)
2002 = (Inflação:12,53%) (Meta: 3,5%) (Teto da Meta: 5,5%) (FHC)
2003 = (Inflação: 9,30%) (Meta: 4,0%) (Teto da Meta: 6,5%) (Lula)
2004 = (Inflação: 7,60%) (Meta: 5,5%) (Teto da Meta: 8,0%) (Lula)
2005 = (Inflação: 5,69%) (Meta: 4,5%) (Teto da Meta: 7,0%) (Lula)
2006 = (Inflação: 3,14%) (Meta: 4,5%) (Teto da Meta: 6,5%) (Lula)
2007 = (Inflação: 4,46%) (Meta: 4,5%) (Teto da Meta: 6,5%) (Lula)
2008 = (Inflação: 5,90%) (Meta: 4,5%) (Teto da Meta: 6,5%) (Lula)
2009 = (Inflação: 4,31%) (Meta: 4,5%) (Teto da Meta: 6,5%) (Lula)
2010 = (Inflação: 5,91%) (Meta: 4,5%) (Teto da Meta: 6,5%) (Lula)
2011 = (Inflação: 6,50%) (Meta: 4,5%) (Teto da Meta: 6,5%) (Dilma)
2012 = (Inflação: 5,84%) (Meta: 4,5%) (Teto da Meta: 6,5%) (Dilma)
2013 = (Inflação: 5,91%) (Meta: 4,5%) (Teto da Meta: 6,5%) (Dilma)
2014 = (Inflação: 6,41%) (Meta: 4,5%) (Teto da Meta: 6,5%) (Dilma)
Vamos ter um começo de ano difícil em 2015, e não se descarte uma taxa próxima a 1% no IPCA de janeiro, por conta de reajustes sazonais, preços de verão e mudança das datas de reajuste de passagens de ônibus, além da implantação das bandeiras tarifárias de energia elétrica.
Mas um quadro que deve ser atenuado se, depois dos aumentos que sofreu, o dólar se mantiver estável e São Pedro ajudar com chuvas melhores, que segurem os preços de vegetais, carne e da energia elétrica, porque os do petróleo não vão subir ao consumidor.
A demanda mundial está reprimida pela crise.
Não há razão para aumento de preços internos, sobretudo depois do ajuste cambial do final do ano.
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