Cafezinho: o relatório do Senado americano sobre o Suiçalão
Documento obtido com exclusividade pelo blog revela que "o HSBC EUA passou a usar o HSBC Brasil para realizar uma série de operações (ilegais?) que não conseguia fazer nos Estados Unidos, em função de algumas leis anti-terrorismo"; "O HSBC Brasil pode ter sido usado até para financiar grupos terroristas", diz texto do blogueiro Miguel do Rosário
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247 - O blog Cafezinho publicou nesta sexta-feira 20, com exclusividade, um relatório elaborado pelo Senado americano sobre o 'Suiçalão' - escândalo que envolve milhares de contas secretas no HSBC da Suíça, inclusive de quase 9 mil brasileiros. O documento revela que "o HSBC EUA passou a usar o HSBC Brasil para realizar uma série de operações (ilegais?) que não conseguia fazer nos Estados Unidos, em função de algumas leis anti-terrorismo", entre outras informações. Leia abaixo o texto do blogueiro Miguel do Rosário:
Exclusivo! O relatório do Senado americano sobre o Suiçalão
As autoridades americanas levaram a sério o escândalo do Swissleaks, ou Suiçalão, envolvendo contas secretas de seus cidadãos no HSBC suíço.
E olha que foram descobertas apenas 4 mil contas secretas de americanos.
A nossa versão do Suiçalão é de quase 9 mil contas ligadas a brasileiros.
Tanto levaram a sério que um relatório do Senado americano, obtido com exclusividade pelo Cafezinho, usa o caso para investigar as deficiências das autoridades monetárias para detectar operações ligadas à lavagem de dinheiro, evasão fiscal e financiamento ao terrorismo.
As investigações sobre as transferências, sem o devido monitoramento das autoridades monetárias, de valores depositados em filiais do HSBC nos EUA, para contas secretas no exterior, alertaram as autoridades sobre operações similares feitas por outros bancos.
O HSBC EUA, segundo o relatório, opera com mais de 3,8 milhões de clientes nos EUA, movimentando mais de US$ 200 bilhões.
Esperemos que a CPI a ser criada no Senado brasileiro use o escândalo para também produzir uma investigação profunda sobre a evasão fiscal sistêmica praticada no país, que sangra os cofres públicos em mais de R$ 500 bilhões por ano, ou seja, cinco ou seis vezes mais do que a corrupção.
O relatório do Senado americano revela ainda que o HSBC EUA passou a usar o HSBC Brasil para realizar uma série de operações (ilegais?) que não conseguia fazer nos Estados Unidos, em função de algumas leis anti-terrorismo.
A coisa é séria.
O HSBC Brasil pode ter sido usado até para financiar grupos terroristas.
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