Economist trata manifestações como Tea Party brasileiro

Revista inglesa ressalta que o movimento contra Dilma Rousseff se assemelha a insurgências na Europa e nos Estados Unidos, mas também há grandes diferenças; ao contrário do Syriza na Grécia ou do PODEMOS em Espanha, os organizadores de protestos no Brasil não são de esquerda e não constituem um partido político; diz ainda que eles estão mudando de estratégia, uma vez que a expectativa é que se leve cada vez menos pessoas às ruas 

Revista inglesa ressalta que o movimento contra Dilma Rousseff se assemelha a insurgências na Europa e nos Estados Unidos, mas também há grandes diferenças; ao contrário do Syriza na Grécia ou do PODEMOS em Espanha, os organizadores de protestos no Brasil não são de esquerda e não constituem um partido político; diz ainda que eles estão mudando de estratégia, uma vez que a expectativa é que se leve cada vez menos pessoas às ruas 
Revista inglesa ressalta que o movimento contra Dilma Rousseff se assemelha a insurgências na Europa e nos Estados Unidos, mas também há grandes diferenças; ao contrário do Syriza na Grécia ou do PODEMOS em Espanha, os organizadores de protestos no Brasil não são de esquerda e não constituem um partido político; diz ainda que eles estão mudando de estratégia, uma vez que a expectativa é que se leve cada vez menos pessoas às ruas  (Foto: Roberta Namour)


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SÃO PAULO - A The Economist falou mais uma vez sobre as manifestações populares e, desta vez, deu destaque para as manifestações do dia 12 de abril, ressaltando que as multidões foram menores. Porém, elas não estão indo embora. "Cerca de 660 mil pessoas foram às ruas em 12 de abril, em 152 cidades, um número menor em relação aos 2 milhões de um mês atrás", afirma a revista. A queda do número é decepcionante para um movimento que sonha em derrubar a presidente com apoios maciços de rua, considera a publicação, e isso significa que os organizadores terão que mudar de tática e refinar a sua mensagem confusa.

"A raiva não diminuiu e o movimento não está indo embora. De acordo com o Datafolha, três quartos dos brasileiros apoiam os protestos", afirma, ressaltando que a popularidade da presidente despencou. Os integrantes do PT e outros na coalizão do governo estão sendo investigados, reforça a revista e, mesmo no Nordeste, onde Dilma tem a popularidade mais alta, a maioria acha que ela está fazendo um mau trabalho.

A revista ressalta que o movimento contra Dilma se assemelha a insurgências na Europa e nos Estados Unidos, mas também há grandes diferenças. Ao contrário do Syriza na Grécia ou do PODEMOS em Espanha, os organizadores de protestos no Brasil não são de esquerda e não constituem um partido político. "Alguns comparam os manifestantes a Tea Party da América, que agita pelo governo pequeno dentro do Partido Republicano. Isso é o mais perto", ressalta, destacando que eles se inclinam para os partidos de oposição no Brasil e buscam influenciá-los.

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"Renan Hass do Movimento Brasil Livre (MBL), o principal organizador dos protestos, quer que o PSDB seja 'mais macho'. Mas o movimento é muito jovem, e muito fragmentada, ao contrário do Tea Party americano, mas sendo uma espécie de "Tea Party Tropical", afirma a publicação, destacando que dezenas de organizações vem chamando manifestantes para as ruas.

Aos olhos dos partidários de Dilma, os manifestantes representam uma elite privilegiada; alguns são até mesmo simpatizantes de um golpe militar, afirma a The Economist. "A primeira afirmação é parcialmente certa, a segunda é verdade apenas de uma orla lunática", ressalta a revista.

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Além disso, aponta a The Economist, apesar de um deputado do PT ter sugerido que os movimentos são financiados pela CIA, eles não precisam deste tipo de dinheiro, já que contam com as redes sociais para divulgar as manifestações, além de contar com arrecadação de dinheiro através da venda de camisetas e outros brindes, além de contarem com a participação voluntária de designers, publicitários e advogados.

Porém, sem a perspectiva de multidões cada vez maiores, o movimento precisa de outras formas de manter a pressão. Em 15 de abril cerca de 40 representantes foram para Brasília com uma lista de exigências, incluindo penas mais altas para a corrupção e fim da reeleição de presidentes e os governadores. "De forma significativa, eles apresentaram [as propostas] ao Congresso, e não ao Planalto, sede do poder presidencial. Dilma entregou grande parte da responsabilidade para a economia ao ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e as negociações políticas para o vice-presidente, Michel Temer. Embora eles ainda queiram que ela saia, os manifestantes estão começando a agir como se ela não contasse mais", conclui a publicação.

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