Globo volta a pregar a abertura do pré-sal

Neste domingo, o jornal O Globo, dos irmãos Roberto Irineu, João Roberto e José Roberto Marinho, voltou a defender a abertura do pré-sal brasileiro a empresas internacionais como Shell, Exxon, Chevron e BP; "O atual modelo restringe fortemente a possibilidade de atrair investidores e gerar mais receitas para o país", afirma o editorial

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247 - Neste domingo, o jornal O Globo, dos irmãos Roberto Irineu, João Roberto e José Roberto Marinho, voltou a defender a abertura do pré-sal brasileiro a empresas internacionais como Shell, Exxon, Chevron e BP.

"O atual modelo para exploração de novas áreas na camada do pré-sal, por exemplo, restringe fortemente a possibilidade de atrair investidores e gerar mais receitas para o país. A situação financeira da Petrobras é um dos maiores obstáculos, porque o modelo exige que a estatal seja operadora única dos futuros blocos a serem explorados e ainda com a obrigação de participar em pelo menos 30% do consórcio vencedor, qualquer que seja", diz o texto.

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Leia, abaixo, o texto do jornal O Globo:

Modelo do pré-sal foge à nova realidade da indústria

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A situação financeira da Petrobras não é compatível com as obrigações impostas à empresa, pelo modelo em vigor, para exploração de futuras áreas do pré-sal

Na sequência do tão aguardado anúncio dos seus resultados relativos a 2014 (dando desfecho a uma polêmica que vem se arrastando há meses em torno da contabilização das perdas que a empresa teria sofrido por corrupção e superfaturamento dos serviços contratados), a Petrobras deverá divulgar a revisão do plano de negócios para os próximos anos. Embora o montante permaneça expressivo, a companhia vem antecipando que haverá uma redução de algumas dezenas de bilhões de dólares do valor originalmente programado. 

A estatal está passando por um choque de realidade. Precisa reduzir seu endividamento para se tornar financeiramente viável. Terá também de ajustar à sua real capacidade de investimentos os projetos nos quais está comprometida. Para tal, deu partida a um programa de venda de patrimônio, recomendável para qualquer tipo de empresa que enfrente semelhantes dificuldades de caixa.

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Não são apenas os problemas do passado que pesam nas decisões que estão sendo tomadas pela Petrobras. Olhando para o futuro, as cotações internacionais do petróleo e do gás tendem a se manter em patamares mais baixos, distantes dos preços acima de US$ 100 por barril que propiciaram um ambiente de bonança para a maioria das indústrias petrolíferas e seus fornecedores em todo o mundo.

Esse quadro mudou e o Brasil não pode ignorá-lo. O atual modelo para exploração de novas áreas na camada do pré-sal, por exemplo, restringe fortemente a possibilidade de atrair investidores e gerar mais receitas para o país. A situação financeira da Petrobras é um dos maiores obstáculos, porque o modelo exige que a estatal seja operadora única dos futuros blocos a serem explorados e ainda com a obrigação de participar em pelo menos 30% do consórcio vencedor, qualquer que seja.

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São regras que não combinam com a necessidade de a Petrobras escolher sócios e projetos de acordo com seus interesses. E para o país, tanto melhor que haja uma diversificação de investidores e que os leilões de áreas sejam bem concorridos (o campo de Libra, na Bacia de Santos, considerado pelo governo como um “filé mignon” do pré-sal, sem praticamente risco, teve apenas um consórcio candidato, que arrematou o bloco na licitação pelo valor mínimo).

Essas regras poderão ser modificadas por iniciativa do Poder Executivo ou do Congresso. O ideal é que questões técnicas prevaleçam sobre as ideológicas para que vários objetivos simultâneos possam ser atingidos: autonomia operacional da Petrobras, diversificação de in vestimentos (com consequente transferência de tecnologia), aumento de produção e arrecadação de royalties, ampliação da cadeia produtiva do setor etc.

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