Veja usa suspeitos para mudar maioridade penal

Até agora, os quatro menores suspeitos de participar de um estupro coletivo no Piauí não foram condenados; um pai  afirma ter como provar que o filho estava trabalhando no momento em que o crime foi praticado; além disso, dois dos quatro adolescentes afirmaram que foram espancados pela polícia para confessar o crime; se isso não bastasse, o exame de DNA, que seria a prova conclusiva em casos semelhantes, sequer foi realizado; no entanto, no afã de manipular a opinião pública para reduzir a maioridade penal,  Veja sentencia: "eles estupraram, torturaram, desfiguraram e mataram"; em seguida, questiona: "vão ficar impunes?"

Até agora, os quatro menores suspeitos de participar de um estupro coletivo no Piauí não foram condenados; um pai  afirma ter como provar que o filho estava trabalhando no momento em que o crime foi praticado; além disso, dois dos quatro adolescentes afirmaram que foram espancados pela polícia para confessar o crime; se isso não bastasse, o exame de DNA, que seria a prova conclusiva em casos semelhantes, sequer foi realizado; no entanto, no afã de manipular a opinião pública para reduzir a maioridade penal,  Veja sentencia: "eles estupraram, torturaram, desfiguraram e mataram"; em seguida, questiona: "vão ficar impunes?"
Até agora, os quatro menores suspeitos de participar de um estupro coletivo no Piauí não foram condenados; um pai  afirma ter como provar que o filho estava trabalhando no momento em que o crime foi praticado; além disso, dois dos quatro adolescentes afirmaram que foram espancados pela polícia para confessar o crime; se isso não bastasse, o exame de DNA, que seria a prova conclusiva em casos semelhantes, sequer foi realizado; no entanto, no afã de manipular a opinião pública para reduzir a maioridade penal,  Veja sentencia: "eles estupraram, torturaram, desfiguraram e mataram"; em seguida, questiona: "vão ficar impunes?" (Foto: Realle Palazzo-Martini)


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247 - A última edição da revista Veja, uma peça de propaganda pela redução da maioridade penal, distorce fatos e ignora múltiplas versões (base de um jornalismo minimamente isento) para atingir objetivos ideológicos o rumoroso caso de quatro adolescentes acusados de promover um estupro coletivo no interior do Piauí. A publicação da Editora Abril, no intuito de promover a comoção social pela mudança na legislação penal, utiliza o drama dos garotos pobres de uma das regiões mais carentes do Brasil sem observar que sequer o exame de DNA, prova conclusiva em casos semelhantes, tenha sido realizado.

Tudo que envolve o caso dos jovens nordestinos é muito suspeito e Veja não se digna a apresentar a versão dos envolvidos, entre eles um maior de idade. Apenas um dos meninos confessou a participação no estupro de quatro garotas em Castelo do Piauí – uma delas morreu. As família de três sustentam que eles trabalhavam e que foram espancados pela polícia (um crime tão hediondo quanto o estupro) para confessar. Um pai diz ter como provar que o filho estava trabalhando no momento da agressão.

As famílias de pelo menos três dos quatro adolescentes apreendidos sob suspeita de estupro coletivo afirmam que eles são inocentes. Duas dizem que a confissão inicial se deu mediante espancamento. A polícia nega. O desempregado Adão José de Souza, 40, é apontado pela polícia como mandante. Ele era procurado acusado de assaltar a gerente de um posto de gasolina e de atirar contra ela. Em depoimento, assumiu a autoria do assalto, mas negou a do estupro.

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A mãe de B.F.O., 15, que aparece na capa da revista, disse à Folha que acredita na inocência do filho. "Ele pode já ter feito muita coisa errada, mas isso [estupro], não. Ele nega."

O pai de J.S.R. 16, afirmou, também à Folha, que testemunhas viram seu filho trabalhando. "É por acreditar na inocência dele que estou indo atrás. Quero que ouçam as testemunhas. Se no final as provas mostrarem que ele é culpado, tudo bem, ele vai pagar por isso", diz ele, que afirma ter havido espancamento do filho.

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O terceiro jovem condenado à execração na capa de Veja é G.V.S., 17. A mãe diz que o filho começou a se envolver com drogas aos 13 anos, mas que alega inocência nesse caso e diz ter confessado porque foi espancado. O pai de I.V.I., 15, diz que não falou com seu filho após a apreensão e, por isso, não sabe qual é a versão dele. O caso está sob segredo de Justiça.

A versão dos jovens pobres é irrelevante para a revista. Na sua campanha de manipulação da opinião pública, vale até mesmo promover o linchamento de adolescentes que vivem numa das regiões mais empobrecidas e carentes do Brasil. Eles são apenas suspeitos, mas já foram condenados à execração pública pela revista dos Civita. Na capa, a sentença: "Eles estupraram, torturaram, desfiguraram e mataram". Mesmo que culpados, são jovens que vivem em uma dura realidade, que mereciam um tratamento ao menos humano da publicação. Mas Veja não exitaria um segundo sequer em sacrificar futuros e reputações para atingir seus objetivos.

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