Folha dá aula de leviandade em manchete

"Ex-diretor ligado a Lula continuará preso, decide juiz", diz a Folha de S. Paulo, em letras garrafais, sobre a conversão da prisão temporária de Alexandrino Alencar, ex-Odebrecht, em preventiva; internamente, não há uma única referência ao ex-presidente Lula; diz-se apenas que Alexandrino é "um dos principais elos da empresa com políticos"; de fato, como ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht, Alexandrino fazia a ponte entre a construtora e grupos de influência, ou seja, com políticos de todos os partidos, incluindo FHC, e também com meios de comunicação, como a própria Folha; a questão é: por que, na manchete, ele é apresentado como "ligado a Lula"?

"Ex-diretor ligado a Lula continuará preso, decide juiz", diz a Folha de S. Paulo, em letras garrafais, sobre a conversão da prisão temporária de Alexandrino Alencar, ex-Odebrecht, em preventiva; internamente, não há uma única referência ao ex-presidente Lula; diz-se apenas que Alexandrino é "um dos principais elos da empresa com políticos"; de fato, como ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht, Alexandrino fazia a ponte entre a construtora e grupos de influência, ou seja, com políticos de todos os partidos, incluindo FHC, e também com meios de comunicação, como a própria Folha; a questão é: por que, na manchete, ele é apresentado como "ligado a Lula"?
"Ex-diretor ligado a Lula continuará preso, decide juiz", diz a Folha de S. Paulo, em letras garrafais, sobre a conversão da prisão temporária de Alexandrino Alencar, ex-Odebrecht, em preventiva; internamente, não há uma única referência ao ex-presidente Lula; diz-se apenas que Alexandrino é "um dos principais elos da empresa com políticos"; de fato, como ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht, Alexandrino fazia a ponte entre a construtora e grupos de influência, ou seja, com políticos de todos os partidos, incluindo FHC, e também com meios de comunicação, como a própria Folha; a questão é: por que, na manchete, ele é apresentado como "ligado a Lula"? (Foto: Leonardo Attuch)


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247 – Ex-diretor de Relações Institucionais, Alexandrino Alencar teve sua prisão temporária convertida em preventiva pelo juiz Sergio Moro. O motivo: a acusação feita por Paulo Roberto Costa sobre propinas de US$ 30 milhões pagas nos últimos anos pela Braskem ao ex-diretor da Petrobras e também ao ex-presidente do PP, José Janene.

Ao noticiar o caso, no entanto, a Folha de S. Paulo deu uma aula de leviandade. "Ex-diretor ligado a Lula continuará preso, decide juiz", dizia a manchete do jornal, em letras garrafais. Mas se algum leitor quiser procurar qualquer referência ao ex-presidente Lula na reportagem, não a encontrará. Internamente, Alexandrino é citado como "um dos principais elos da empresa com políticos".

Isso significa que Alexandrino, simplesmente, exercia a sua função. Como qualquer diretor de Relações Institucionais de grandes corporações, ele fazia a ponte entre a empresa e grupos de influência, como políticos, partidos, jornalistas e meios de comunicação – inclusive, a própria Folha.

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Alexandrino esteve no grupo Odebrecht durante todo o governo FHC. Foi ele, por exemplo, um dos arquitetos do suporte político para a criação da Braskem, empresa resultante da fusão entre os ativos petroquímicos da Odebrecht e da Petrobras. Surgida na era tucana, a Braskem, segundo muitos analistas, foi decisiva para evitar a bancarrota do grupo Odebrecht, que é também um dos principais contratantes de palestras do ex-presidente Fernando Henrique e também financiador do iFHC. Nem por isso, no entanto, Alexandrino é apresentado pela Folha como "ex-diretor ligado a FHC".

A referência recente que o une a Lula é o voo num jatinho fretado pela Odebrecht para a América Central, quando o ex-presidente foi contratado pela empreiteira para realizar uma tarefa – estranho seria se, neste caso, o contratante e o cliente não viajassem juntos.

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Abaixo, está a reportagem da Folha, sem nenhuma referência a Lula, fora do título. Confira:

Ex-diretor ligado a Lula continuará preso, decide juiz

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Para Moro, Alexandrino de Alencar, executivo que era da Odebrecht, tinha 'papel relevante' no esquema

Em despacho, juiz chamou de 'inusitado e parcial' o comunicado feito pela empreiteira em jornais do país

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DE CURITIBA DE PORTO ALEGRE

O ex-diretor da Odebrecht Alexandrino Salles de Alencar, um dos principais elos da empresa com políticos, seguirá preso por tempo indeterminado. A decisão é do juiz federal Sergio Moro, que converteu a prisão de temporária em preventiva nesta quarta (24).

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O juiz aproveitou para defender as prisões decretadas na última fase da Lava Jato, criticando o "inusitado e parcial comunicado" que a Odebrecht fez nos principais jornais do país na segunda (22).

No texto, a empresa nega estar envolvida em cartel, corrupção e fraude a licitação em obras da Petrobras e diz que as prisões foram uma "afronta aos princípios mais básicos do Estado de Direito", pois se baseariam em equívocos de interpretação (...).

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