“Nossa classe jornalística é feita de oportunistas”

Jornalista Hildegard Angel afirma que colunistas da imprensa, que tiveram passado de esquerda, hoje não se constrangem em aderir ao pensamento conservador que domina a imprensa brasileira; "Não valoriza cachê ser de esquerda, o cachê fica baixo. Valoriza o cachê falar mal das causas sociais, dos progressos sociais, das conquistas sociais", comenta

Jornalista Hildegard Angel afirma que colunistas da imprensa, que tiveram passado de esquerda, hoje não se constrangem em aderir ao pensamento conservador que domina a imprensa brasileira; "Não valoriza cachê ser de esquerda, o cachê fica baixo. Valoriza o cachê falar mal das causas sociais, dos progressos sociais, das conquistas sociais", comenta
Jornalista Hildegard Angel afirma que colunistas da imprensa, que tiveram passado de esquerda, hoje não se constrangem em aderir ao pensamento conservador que domina a imprensa brasileira; "Não valoriza cachê ser de esquerda, o cachê fica baixo. Valoriza o cachê falar mal das causas sociais, dos progressos sociais, das conquistas sociais", comenta (Foto: Gisele Federicce)


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Por Rede Brasil Atual - A jornalista Hildegard Angel afirma que colunistas da imprensa, que tiveram passado de esquerda, hoje não se constrangem em aderir ao pensamento conservador que domina a imprensa brasileira. Em debate na última sexta-feira (3), no Centro de Estudos de Mídia Barão de Itararé, Hilde, como é conhecida, foi categórica: "Essa é a história do oportunismo da imprensa brasileira. Do oportunismo dos intelectuais brasileiros, daqueles que se situam e formam suas panelinhas para manter seus cachês valorizados. Agora, não valoriza cachê ser de esquerda, o cachê fica baixo. Valoriza o cachê falar mal das causas sociais, dos progressos sociais, das conquistas sociais".

Hilde é irmã de Stuart Angel Jones, assassinado em 1971 nas dependências do Centro de Informações da Aeronáutica, durante o governo do general Emílio Garrastazu Médici. Nos cinco anos seguintes, sua mãe, a estilista Zuzu Angel, promoveu busca incansável pelos responsáveis pela morte do filho, até ser ela própria também morta pelo regime, já no governo do General Ernesto Geisel.

Hildegard Angel relata diálogo tido com o ator e diretor de cinema e televisão Hugo Carvana, poucos dias antes de sua morte, em outubro passado. Conforme seu relato, falava ele sobre como "companheiros, de cinema, de arte, que assinam coluna no jornal O Globo, têm coragem de tomar certa posições" (Carvana mencionava um cineasta que não é o Jabor, querendo dizer que este nem mais considera por ter se tornado personagem pitoresco). "Mas ele o Fulano, o outro da área de música, o Beltrano, eles sabem, Hild! Eles sabem o que pode decorrer disso que estão escrevendo! Eles sabem as consequências do que estão fazendo!"

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"Esta foi uma lamúria do querido Hugo Carvana dias antes de sua morte. E 'estes' que sabem estavam lá carregando a alça do caixão do Carvana", conta a jornalista. "A verdade é que a nossa classe jornalística é feita de oportunistas", disse ela, em evento que promovia o relançamento dos livros Golpe de Estado, de Palmério Dória, e Lamarca, O Capitão da Guerrilha, de Emiliano José. O testemunho de Hildegard Angel foi postado no Youtube pelo blogueiro Enio Barroso Filho. Assista.

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