Tijolaço: “Briga de tucanos e Cunha era conversa”

Sem a certeza de que conseguiriam maioria para aprovar recurso ao pedido de impeachment na Câmara, os tucanos e Eduardo Cunha resolveram partir para um 'plano B', "preparado durante o final de semana prolongado, como convém ao golpismo", afirma o jornalista Fernando Brito; o acerto seria "'aditar' o pedido com o argumento de que as ditas 'pedaladas fiscais' estariam ocorrendo também este ano"; "Vê-se, portanto, que o conluio Cunha-PSDB segue a todo o vapor", diz o blogueiro

Presidente da C�mara dos Deputados, Eduardo Cunha, durante sess�o extraordin�ria para tentar concluir a vota��o da reforma pol�tica, em primeiro turno (Antonio Cruz/Ag�ncia Brasil)
Presidente da C�mara dos Deputados, Eduardo Cunha, durante sess�o extraordin�ria para tentar concluir a vota��o da reforma pol�tica, em primeiro turno (Antonio Cruz/Ag�ncia Brasil) (Foto: Gisele Federicce)


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Por Fernando Brito, do Tijolaço

O acerto anterior entre Eduardo Cunha e os tucanos para aprovar a abertura do processo de impeachment era o de montar uma pantomima: ele recusaria o pedido de abertura do processo e, com um recurso ao plenário, estes liderariam uma votação onde, por maioria simples – no máximo 257 votos dos 513 deputados, ou menos, caso o quorum não fosse total – fariam abrir o processo.

Mas, como o acordo com o PMDB tirou-lhes a certeza de conseguir maioria, os tucanos e Eduardo Cunha resolveram partir para um "plano B", descrito agora há pouco pela Folha.

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O acerto foi preparado durante o final de semana prolongado, como convém ao golpismo e, certamente, implica numa paga ao favor "cunhal" que,. certamente, não é barato.

"Aditar" o pedido com o argumento de que as ditas "pedaladas fiscais" estariam ocorrendo também este ano, para evitar o óbice constitucional – artigo 86 da Carta – de que não se poderia processar um Presidente por fatos ocorridos antes de seu mandato (e, por extensão, em mandato anterior).

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Seria, ainda, a maneira de reverter os pareceres jurídicos da Câmara que opinam pela rejeição dos pedidos apresentados.

Vê-se, portanto, que o conluio Cunha-PSDB segue a todo o vapor.

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Danem-se as contas na Suíça, os cartões de crédito, as roubalheiras que os homens de Cunha providenciaram a seu favor.

Vão restaurar a moralidade à custa de qualquer imoralidade que possam arranjar.

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