Jornalistas do “La Nación” repudiam editorial que defende militares

"Dizemos SIM à DEMOCRACIA, à continuidade dos julgamentos dos crimes contra a humanidade e dizemos NÃO ao ESQUECIMENTO", diz trecho do comunicado divulgado pelos jornalistas; jornal argentino defendeu ontem, um dia depois da vitória do conservador Mauricio Macri à presidência, a anistia aos militares que atuaram na ditadura e pediu o fim do que chamou de "violação dos direitos humanos" cometidos pelo governo de Cristina Kirchner

"Dizemos SIM à DEMOCRACIA, à continuidade dos julgamentos dos crimes contra a humanidade e dizemos NÃO ao ESQUECIMENTO", diz trecho do comunicado divulgado pelos jornalistas; jornal argentino defendeu ontem, um dia depois da vitória do conservador Mauricio Macri à presidência, a anistia aos militares que atuaram na ditadura e pediu o fim do que chamou de "violação dos direitos humanos" cometidos pelo governo de Cristina Kirchner
"Dizemos SIM à DEMOCRACIA, à continuidade dos julgamentos dos crimes contra a humanidade e dizemos NÃO ao ESQUECIMENTO", diz trecho do comunicado divulgado pelos jornalistas; jornal argentino defendeu ontem, um dia depois da vitória do conservador Mauricio Macri à presidência, a anistia aos militares que atuaram na ditadura e pediu o fim do que chamou de "violação dos direitos humanos" cometidos pelo governo de Cristina Kirchner (Foto: Gisele Federicce)


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Revista Fórum - Jornalistas do diário La Nación, um dos principais da Argentina, repudiaram o editorial publicado pelo jornal na última segunda-feira (23), um dia após o conservador Mauricio Macri ter sido eleito presidente do país.

Intitulado No más venganza (“Chega de vingança”, na tradução para o português), otexto critica a prisão de militares acusados de crimes durante a ditadura argentina (1976-1983). Em referência aos julgamentos dos repressores, o La Nación afirma que, “por estarem muito velhos para estar presos”, a medida representa uma “vergonha nacional”, e que se deve “terminar com as mentiras sobre os anos 1970”.

O editorial sofreu uma enxurrada de críticas ontem, e vários jornalistas do periódico se pronunciaram contra ele nas redes sociais. De acordo com a Folha de S. Paulo, nomes importantes do diário, como Hugo Alconada Mon e Martín Kanenguiser, foram alguns dos profissionais que se manifestaram, além de Ricardo Sametband, que cobre tecnologia, e Patricio Insua, que escreve sobre esporte, segundo o Opera Mundi.

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Posteriormente, os jornalistas se reuniram na redação e posaram para uma foto, na qual seguram placas com os dizeres “eu repudio o editorial”. A imagem foi acompanhada de um comunicado, divulgado pelas redes. Confira:

Os trabalhadores do La Nación S.A. dizemos NÃO ao editorial que, com o título “Chega de vingança”, foi publicado hoje, segunda-feira, 23 de novembro de 2015, na página 32 do jornal.

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Nós que trabalhamos no jornal La Nación, nas revistas que edita a empresa, nas versões online de todos os produtos jornalísticos, entendemos que a vida democrática implica na convivência de distintas ideias, projetos e identidades políticas. Convivemos, entre essas paredes, trabalhadores que expressam essa diversidade e, a partir de nossas diferenças, construímos um sentido comum.

Tendo em vista essa diversidade, rejeitamos a lógica que pretende construir o editorial de hoje, que em nada nos representa ao igualar as vítimas do terrorismo de Estado e o acionamento da Justiça em busca de reparação nos casos de crimes contra a humanidade aos castigos aplicados a presos políticos e a uma “cultura da vingança”.

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Os trabalhares do jornal La Nación dizemos SIM à DEMOCRACIA, à continuidade dos julgamentos dos crimes contra a humanidade e dizemos NÃO ao ESQUECIMENTO.

Por MEMÓRIA, VERDADE E JUSTIÇA”

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