Tijolaço: Na contramão das petroleiras, Petrobras dará resultado positivo
Jornalista Fernando Brito aponta a queda de 98% no lucro líquido registrado pela Shell, Exxon Mobil, Chevron, Pemex, BP e Statoil, tendo ficado em US$ 1,6 bilhão ao longo de 2015; "A Petrobras deverá apresentar um balanço positivo ou, na pior das hipóteses, aproximadamente neutro no ano, dependendo do critério contábil de considerar ou não a venda de parte das ações da Gaspetro, que foi suspensa", diz; "Um resultado zero é, na prática, a reversão do prejuízo contábil do ano passado", avalia
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Por Fernando Brito, do Tijolaço - O baixo preço do barril derrubou as receitas das maiores petroleiras do mundo: o lucro líquido de seis das gigantes caiu 98% em 2015, chegando quase a zero na comparação com o ano anterior. O cálculo, feito com base nos balanços divulgados pela Shell, Exxon Mobil, Chevron, Pemex, BP e Statoil, revela que o lucro somado das empresas ficou em US$ 1,6 bilhão ao longo do ano.
A Petrobras deverá apresentar um balanço positivo ou, na pior das hipóteses, aproximadamente neutro no ano, dependendo do critério contábil de considerar ou não a venda de parte das ações da Gaspetro, que foi suspensa em janeiro por um juiz da Bahia, mas que era válido no término do ano fiscal, em 31 de dezembro.
Um resultado zero é, na prática, a reversão do prejuízo contábil do ano passado.
Considerado o baque do ajuste contábil feito pela empresa no balanço do quarto trimestre do ano passado, pelas perdas admitidas na Lava Jato e pela reavaliação de ativos – algo leonino que o mercado "impôs" à empresa e que muito raramente é feito nesta escala em outras gigantes do petróleo – o que isso revela é que a empresa brasileira continua apresentando uma imensa saúde operacional, apresentando lucros de operação previstos entre US$ 80 e US$ 100 bilhões em 2016.
Enquanto isso, o número de sondas operando no shale – tanto em petróleo quanto em gás continua em queda livre.
Em uma semana, a quantidade delas em operação caiu de 619 para 578, 7,8% a menos do que em 29 de janeiro. Em um ano, 61% menos.
E a crise, claro, é da Petrobras.
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